1. Impacto regional

2. Prejuízos observados

3. Consequências de mercado

4. Buscando a reestruturação

1. Impacto Regional

Devido às fortes chuvas da última semana a olericultura foi uma das cadeias produtivas mais afetadas do Estado de Santa Catarina, com perdas concentradas principalmente na região da Grande Florianópolis. A estimativa de danos causados foi divulgada na terça-feira (06/12) pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural – Epagri que trabalha nos primeiros levantamentos.

Adriana Tomazi Alves, gerente regional da Epagri em Florianópolis. Conta que “Há produtores de hortaliças que perderam praticamente tudo.” Dos 20 municípios atendido, 18 sofreram perdas na zona rural. Nos municípios de Santo Amaro, Águas Mornas e São Pedro, áreas inteiras de hortaliças foram perdidas pela erosão, o que deve dificultar as atividades de restauração.

2. Prejuízos observados

A baixa resistência ao estresse hídrico intenso já era um fator preocupante para os produtores. Além da perda dessas áreas, o que foi possível colher também não foi comercializado, pela falta de energia para refrigeração e por não ter acesso de escoamento, visto que as estradas também se encontravam bloqueadas. “Temos muitos problemas relacionados à dificuldade de acesso às propriedades e até à falta de energia elétrica, o que prejudica o funcionamento das câmaras frias”, relata Adriana. 

O prejuízo médio com cada hectare de alface perdido é de R$ 30 mil, estima Marcelo Zanella, extensionista da Epagri na região. Estes prejuízos alcançaram principalmente o Ceasa-SC, ponto estratégico de recepção e distribuição de produtos agrícolas.

Outro ponto muito importante que Adriana destaca é que a Epagri também precisa contornar a dificuldade de entrar no setor de hortaliças para estimar prejuízos nas áreas mais atingidas pelas chuvas do estado. Adriana comenta que a prioridade é documentar o que for possível para embasar a solicitação de prorrogação para o prazo de pagamento das dívidas dos produtores. “Esse é o primeiro passo, um paliativo importante para os agricultores”, considera.

As perdas não se limitam às hortaliças, mas também ao segmento de pecuária de leite e corte, devido a diminuição de fornecimento de alimento através de pastagem, perdas de grãos para ensilagem, até como casos mais drásticos de estruturas físicas, como estribarias, galpões, ranchos e currais, além dos próprios animais serem levados pela correnteza. “Há áreas em que não será possível cultivar mais nada”, lamenta a extensionista.

3. Consequências de mercado

O impacto momentâneo se deu primeiramente sobre famílias por todo o estado, com muitas perdendo tudo que tem devido as enchentes e elevação de nível de água. Isto ocorreu também com os produtores, que perderam parte ou até mesmo toda sua produção.

O campo foi o primeiro a absorver todos os danos, mas o mercado deve ser o próximo impactado com os efeitos colaterais deste evento climático. Com a ausência de produtos hortícolas de fornecimento regional, as demandas surgiram para busca de vegetais em outros estados, o que tende a encarecer o preço do produto final. Assim, pode-se esperar um aumento significativo do preço dos produtos nas prateleiras do mercado. A depender dos custos envolvidos, pode-se até haver falta de alguns produtos até que o mercado interno local se reestabeleça.

4. Buscando a reestruturação

As perdas foram grandes e o primeiro passo deve ser medir tudo que não é possível recuperar, para que seja possível traçar um plano de ações que tenha como objetivo reestabelecer os rumos da propriedade rural. Calcular os prejuízos para então tomar as decisões é passo crucial na reestruturação das áreas afetadas pelas chuvas.

Entendendo o tamanho do dano, pode-se planejar ações a serem executadas e para isso a Agros se coloca a disposição dos produtores afetados. Nossa equipe técnica está pronta para buscar soluções para plantações que tenham resistido e precisem de algum estímulo que as faça voltar ao seu desenvolvimento, bem como delinear todos os passos para reforma das áreas totalmente perdidas. Com a combinação de assistência técnica e tecnologia de ponta de seus produtos, possuindo um portifólio completo para produção e também recuperação vegetal, a Agros tem o que é preciso para ajudar as famílias produtoras do campo afetadas a se reestruturarem para voltar a produção.

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FONTE: 

https://globorural.globo.com/noticia/2022/12/hortalicas-tem-maiores-perdas-com-as-chuvas-em-santa-catarina.ghtml 

https://blog.epagri.sc.gov.br/index.php/chuvas-em-sc-levantamento-preliminar-da-epagri-aponta-cadeias-produtivas-mais-prejudicadas/