5 passos simples para um pastejo eficaz de bovinos

December 2, 2022

Com a chegada do verão, o foco em um bom pastejo de bovinos aumenta. Com isso, aumentam também as necessidades de um bom manejo, evitando o sobrepastejo, que pode ser um problema, reduzindo o consumo de forragem e a qualidade dos nutrientes para o rebanho. Confira 5 passos simples para o pastejo de gado eficaz que você pode implementar em qualquer lugar:


1.  Evite o sobrepastejo

2.  Minimize o número de rebanhos

3.  Deixe o solo se recuperar

4.  Controle as ervas daninhas

5.  Adicione água


1. Evite o sobrepastejo

Isso é crucial. O gado pasta cerca de oito horas por dia. O maior valor nutricional está nas partes com folhas novas da planta, perto do topo. Quanto mais perto o animal que está pastando está do caule, menos conteúdo nutricional existe. O sobrepastejo cria um efeito cascata de problemas nos rebanhos.


Muitos especialistas dizem que você precisa de um mínimo de 10 piquetes em uma situação de pastejo rotativo para evitar o sobrepastejo. Um número maior é ainda melhor. O gado deve ter espaço suficiente; observe a densidade de estoque do rebanho e ração suficiente.


Períodos curtos de pastejo do gado são os melhores. O gado pasta seletivamente e come primeiro as melhores forragens e da mais alta qualidade. É importante lembrar que essas são apenas orientações e que a densidade de estocagem e o tamanho da área do piquete ainda devem ser considerados.


Outra forma de medir o período de pastejo do gado é pela altura das plantas. Novamente, isso irá variar dependendo do tipo de gramínea, mas uma regra geral é começar a pastar entre 12-25 cm e parar de pastar na altura da planta de 5-10 cm.


2. Minimize o número de rebanhos

Esta é uma questão de trabalho e tempo. Minimizar o número de rebanhos permite que você verifique os animais mais rapidamente. Por exemplo, levará mais tempo para verificar dois rebanhos de 30 cabeças cada, em comparação a um rebanho com 60 cabeças.


Se o tamanho do seu piquete for grande o suficiente, considere aumentar a densidade do estoque. Recomenda-se ter menos rebanhos maiores do que vários rebanhos menores. Crie rebanhos com base nas necessidades nutricionais, com seus animais de corte em seu grupo alto, recebendo o melhor pasto disponível. Vacas com bezerros e novilhas em crescimento são seu grupo intermediário, e vacas secas são seu grupo inferior.


3. Deixe o solo se recuperar

Quanto mais longo for o período de recuperação, melhor será o solo. Depois que o gado pastejar um piquete e for transferido para um novo piquete, deixe o solo se recuperar e ele também vai melhorar. Quanto mais tempo se recuperar, mais rica em nutrientes será a gramínea, e o sistema de raízes se desenvolverá ainda mais, ajudando a evitar que o gado arranque a grama pela raiz.


O gado deve ser sempre movido para o piquete mais recuperado, não o mais conveniente. É também por isso que os especialistas recomendam um mínimo de 10 piquetes. A duração do período de descanso varia dependendo do tipo de gramínea, no entanto, um mínimo de três semanas é necessário. Deve-se dar atenção à saúde do solo e re-semear conforme necessário. A realização de testes anuais de solo e a adição de corretivos de solo durante os períodos de recuperação podem fortalecer a terra.


4. Controle as ervas daninhas

Quando o pastejo rotativo do gado é feito corretamente, as ervas daninhas são frequentemente reduzidas ao mínimo. No entanto, muitos piquetes têm problemas de longa data com ervas daninhas ou são desafiados por espécies invasoras que foram introduzidas nas pastagens. Ervas daninhas devem ser controladas, enquanto as plantas venenosas devem ser removidas. As opções de controle de ervas daninhas incluem cultural, mecânico, químico e integrado. O tipo de planta, tamanho de sua operação, tamanho do problema com ervas daninhas e outros fatores influenciarão as recomendações.


5. Adicione água

Além de garantir que seus piquetes tenham irrigação adequada, o acesso à água para o seu rebanho é muito importante. As estratégias de pastejo são frequentemente priorizadas pelos produtores de gado, enquanto o mesmo esforço e consideração devem ser feitos no planejamento de fontes de água para o gado para evitar o superaquecimento nos meses de

verão.


Certifique-se de que o gado tenha acesso adequado a uma fonte de água limpa e fresca. É importante considerar o tamanho do tanque, e a limpeza pode ser necessária nos meses mais quentes para evitar fontes de água contaminadas. Recomenda-se ter uma fonte de água artificial em vez de natural, especialmente em áreas onde a tuberculose pode ser um

problema.


Finalmente, você deve considerar a distância que o gado percorre para obter água. Idealmente, eles devem estar a menos de 250 metros de uma fonte de água o tempo todo.


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Fonte:

5 SIMPLE STEPS TO EFFECTIVE CATTLE GRAZING, traduzido e adaptado pela Equipe AGROS.





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Se aprovado pelo Senado e sancionado pela Presidência, o programa pode transformar a matriz energética rural, colocando o agricultor familiar no centro da transição energética sustentável . Mecanismo de financiamento e papel do FGO O funcionamento do projeto é simples, mas altamente estratégico: Os R$ 400 milhões funcionarão como garantia para empréstimos destinados à construção de usinas solares cooperativas. Os recursos terão validade de 18 meses após a sanção da lei. O acesso ao crédito será feito por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). A energia gerada deve ser usada exclusivamente para as atividades agropecuárias dos cooperados. As condições de prazos, juros e regras específicas serão definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Esse mecanismo é importante porque diminui o risco para os bancos, tornando o crédito mais acessível e atrativo para agricultores e cooperativas. Benefícios para agricultores familiares e cooperativas O Crédito Solar no Campo vai muito além da simples geração de energia: Redução dos custos de produção: com energia própria, o agricultor gasta menos em eletricidade. Formação de cooperativas de energia: produtores poderão se unir e compartilhar usinas, ampliando a força coletiva. Diversificação da renda: a economia gerada com energia pode ser reinvestida na produção agrícola. Democratização da energia renovável: torna o acesso ao solar mais justo e acessível. Fortalecimento da sustentabilidade econômica: ao descentralizar a produção energética, agricultores ganham mais resiliência contra oscilações do mercado. O deputado Tatto destacou que essa medida é parte de uma estratégia de transição energética justa e inclusiva , com impactos diretos na autonomia regional e comunitária. Integração com programas agroflorestais e sustentabilidade O projeto não se limita à energia solar: ele se conecta com programas de preservação ambiental e agricultura sustentável, como: Prosaf (Programa de Sistemas Agroflorestais de Base Agroecológica): Restauração de áreas degradadas. Conservação da biodiversidade. Apoio a comunidades tradicionais e familiares. Programa Nacional de Florestas Produtivas: Recuperação produtiva de áreas degradadas. Oferta de crédito, assistência técnica e viveiros comunitários. Acesso a pagamentos por serviços ambientais. Essas iniciativas fortalecem o elo entre produção agrícola, sustentabilidade e inovação energética, colocando o Brasil como referência em bioeconomia e transição verde. Desafios, trâmite legislativo e perspectivas futuras Apesar do potencial, o projeto ainda precisa: Ser aprovado no Senado Federal . Receber sanção presidencial. Passar pela regulamentação do CMN e dos bancos parceiros. Durante a votação, houve críticas sobre possíveis excessos na política pública ou riscos de desvio de foco. No entanto, defensores reforçam que essa medida é estratégica para modernizar o campo e reduzir a desigualdade energética. Se aprovado, o Crédito Solar no Campo pode se tornar um ponto de virada para cooperativas rurais, permitindo que elas liderem a geração distribuída de energia no Brasil. Perguntas Frequentes (FAQs) 1. O que é o Crédito Solar no Campo? É um projeto que destina R$ 400 milhões do FGO para financiar usinas solares cooperativas no meio rural. 2. Quem pode acessar o financiamento? Agricultores familiares e cooperativas rurais que utilizem energia para atividades agropecuárias. 3. Como funcionará o financiamento? O Pronaf será o principal canal de acesso ao crédito, com garantias do FGO. 4. Qual o prazo para utilização dos recursos? 18 meses após a sanção da lei. 5. Quais são os benefícios diretos para os agricultores? 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O transporte de animais vivos é um elo crucial da cadeia produtiva da pecuária brasileira. Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciou novas regras para essa atividade, trazendo mudanças profundas tanto para pecuaristas quanto para transportadores. Essas alterações buscam elevar os padrões de bem-estar animal , aumentar a segurança logística e alinhar o Brasil às exigências internacionais. No entanto, como toda mudança regulatória, também traz custos adicionais e desafios operacionais que podem impactar a rentabilidade, especialmente para pequenos e médios produtores. Neste artigo, vamos explorar o que motivou essas mudanças, os impactos na prática, os custos envolvidos e as oportunidades que surgem para o setor da pecuária nacional. O que motivou as mudanças nas regras Alinhamento às boas práticas internacionais O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina, suína e de frango do mundo. Para manter sua competitividade, precisa se adequar a padrões cada vez mais exigentes em sustentabilidade, rastreabilidade e bem-estar animal. Países da União Europeia e da Ásia já possuem regras rigorosas, e o alinhamento do Brasil é estratégico para manter o acesso a esses mercados. Relação entre transporte adequado e qualidade da carne Diversos estudos comprovam que o manejo inadequado durante o transporte causa estresse, perdas de peso, contusões e até mortalidade. Esses fatores afetam diretamente a qualidade final da carne e, consequentemente, a rentabilidade da cadeia. O governo decidiu, então, estabelecer regras mais claras sobre tempo máximo de viagem, veículos adaptados e documentação obrigatória. Impactos no bem-estar e na segurança animal Limites de tempo e paradas obrigatórias Uma das principais mudanças é a definição de tempo máximo de transporte . Agora, os caminhões precisam realizar paradas estratégicas para descanso, hidratação e alimentação dos animais. Redução de mortalidade e estresse animal Essas medidas ajudam a reduzir a mortalidade, o estresse e as contusões, além de preservar o desempenho zootécnico dos rebanhos. Competitividade internacional com foco em bem-estar No mercado global, o bem-estar animal é cada vez mais valorizado. Isso significa que o Brasil, ao implementar regras mais rigorosas, pode ganhar espaço em mercados premium , onde consumidores pagam mais por carne certificada e produzida de forma sustentável. Custos adicionais para os pecuaristas Adaptações obrigatórias nos veículos Os veículos precisarão de ventilação adequada, divisórias internas, pisos antiderrapantes e monitoramento. Essa adaptação representa um custo elevado, principalmente para pequenos transportadores. Treinamento e mão de obra especializada Motoristas e auxiliares deverão receber capacitação específica sobre manejo e bem-estar animal. Esse investimento em treinamento eleva os custos fixos, mas aumenta a segurança e eficiência . Peso financeiro para pequenos e médios produtores Grandes grupos pecuaristas têm maior facilidade de adaptação, mas os pequenos e médios produtores podem sentir forte impacto financeiro, com risco de repassar os custos ao preço final da carne. Adaptação da logística e da infraestrutura Frigoríficos e pontos de parada adaptados Frigoríficos e fazendas precisarão estar preparados com áreas de descanso e abastecimento . Isso pode estimular a criação de novos polos logísticos ao longo das principais rotas de transporte. Reorganização de rotas e parcerias logísticas Para reduzir custos, muitos produtores poderão firmar parcerias com transportadoras especializadas , revisar rotas e investir em planejamento logístico mais eficiente . Perspectivas e oportunidades para o setor Ganhos de imagem e acesso a novos mercados Apesar dos custos iniciais, a adaptação às novas normas pode reforçar a imagem do Brasil como exportador de carne sustentável . Isso abre portas em mercados exigentes e pode elevar a valorização da carne brasileira. Certificações, selos de qualidade e diferenciação Produtores que adotarem as normas mais rapidamente podem obter selos de bem-estar animal , certificações internacionais e contratos exclusivos com compradores premium. FAQ – Perguntas Frequentes 1. Quando as novas regras para transporte de animais entram em vigor? As normas já foram publicadas pelo MAPA e terão prazos escalonados para adaptação. 2. Quais os principais custos de adequação? Adaptação de veículos, treinamento de motoristas e ajustes na logística são os principais pontos de custo. 3. Essas regras valem para todos os tipos de animais? Sim, as normas abrangem bovinos, suínos, aves e outros animais de produção. 4. Como os frigoríficos devem se preparar? Com áreas de parada, estrutura de descanso e procedimentos alinhados às exigências de bem-estar animal. 5. O que muda para os exportadores de carne? Eles ganham mais competitividade em mercados exigentes, especialmente Europa e Ásia. 6. Pequenos produtores terão apoio financeiro? Ainda não há definição oficial, mas sindicatos e associações já discutem propostas de incentivos. O futuro da pecuária frente às novas regras As novas regras para transporte de animais representam um marco para a pecuária brasileira. Embora tragam custos e desafios imediatos , elas também abrem portas para mercados mais exigentes, agregam valor à carne brasileira e promovem um futuro mais sustentável. Produtores que se anteciparem às mudanças terão vantagem competitiva e poderão se destacar com certificações e parcerias comerciais estratégicas. Para mais informações oficiais, acesse o site do MAPA – Ministério da Agricultura e Pecuária -- Fonte: https://www.comprerural.com/novas-regras-para-o-transporte-de-animais-deve-custar-mais-aos-pecuaristas-veja-o-que-mudou/
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