Beef on Dairy: Genética de Corte em Laticínios é A Nova Estratégia da Pecuária Leiteira Brasileira
September 9, 2025
Beef on Dairy é a nova tendência da pecuária leiteira brasileira. Descubra como o uso de sêmen de corte em vacas leiteiras aumenta a rentabilidade, melhora o manejo e promove sustentabilidade.
- O que é a prática Beef on Dairy?
A expressão Beef on Dairy
significa, literalmente, “carne sobre leite”. Na prática, trata-se da inseminação de vacas leiteiras com sêmen de raças de corte, sobretudo em animais de menor valor genético para a produção de leite.
Esse método, já consolidado em países como Estados Unidos, Irlanda e Reino Unido, vem ganhando força no Brasil. Produtores de leite, historicamente pressionados por margens apertadas, enxergam na técnica uma forma de melhorar a eficiência do rebanho e aumentar a rentabilidade.
Origem internacional da técnica
Nos EUA, a prática começou como resposta à baixa valorização de machos leiteiros, que possuíam baixo desempenho na engorda. Ao usar sêmen de corte, esses bezerros passaram a ser comercializados com maior valor agregado.
Adaptação ao contexto brasileiro
No Brasil, onde a pecuária leiteira enfrenta altos custos de produção, a adoção do Beef on Dairy
se mostra estratégica. Além de gerar animais mais valorizados para carne, permite ao produtor planejar geneticamente o rebanho
e alinhar a produção às demandas do mercado.
- Vantagens econômicas para o produtor
A economia é um dos pilares que mais impulsionam o Beef on Dairy
no Brasil.
Valorização dos bezerros mestiços
Um bezerro macho leiteiro, em muitos casos, vale muito pouco no mercado. Mas, quando cruzado com raças de corte como Angus ou Nelore, passa a ter maior desempenho zootécnico e melhor aceitação comercial.
Diversificação da receita na fazenda
Com essa prática, a fazenda leiteira não depende apenas da venda de leite. A comercialização de bezerros cruzados se torna uma nova fonte de receita, o que dilui riscos e melhora a estabilidade financeira.
Redução de riscos de mercado
Se o preço do leite cair, o produtor ainda terá receita com a venda de animais de corte. Essa resiliência econômica
é uma vantagem estratégica em um setor marcado por oscilações de preço.
- Impactos no manejo e eficiência reprodutiva
Melhor uso de vacas de menor valor genético
Com o Beef on Dairy, vacas de menor potencial leiteiro podem ser usadas para gerar bezerros de corte. Isso evita desperdício e garante melhor aproveitamento do rebanho.
Estratégia seletiva para novilhas de ponta
Já as novilhas de alto valor genético continuam recebendo sêmen leiteiro de ponta, garantindo a evolução da genética do rebanho ao longo dos anos.
Avanços na inseminação artificial
Com a inseminação artificial em tempo fixo (IATF), o processo de cruzamento se torna mais eficiente, rápido e padronizado, otimizando o manejo reprodutivo.
- Sustentabilidade e bem-estar animal
Bezerros mais adaptados e resistentes
Os bezerros mestiços tendem a ser mais resistentes, apresentando menor mortalidade neonatal e melhor adaptação
a diferentes sistemas de produção.
Redução da mortalidade e maior eficiência
Com animais mais saudáveis, o produtor reduz custos veterinários e aumenta a eficiência do sistema produtivo.
Alinhamento com metas globais de carbono
Aproveitar melhor as vacas leiteiras também significa reduzir a pegada de carbono, um fator cada vez mais exigido pelos mercados internacionais de carne e leite.
- Desafios e pontos de atenção
Apesar de promissor, o Beef on Dairy
exige planejamento criterioso.
Escolha correta do sêmen e touros
É essencial selecionar raças e linhagens adequadas, levando em conta as condições de manejo, o sistema de engorda e o mercado comprador.
Planejamento de mercado e logística de venda
Antes de adotar a prática, o produtor precisa definir para onde e como venderá os bezerros mestiços,
garantindo liquidez e preços justos.
- Perspectivas para o futuro do Beef on Dairy no Brasil
Integração entre cadeias de corte e leite
O avanço dessa prática tende a aproximar os setores de corte e leite, criando novos modelos de negócio e parcerias.
Crescente demanda por carne sustentável
Com consumidores cada vez mais atentos à sustentabilidade, o Beef on Dairy
se apresenta como uma estratégia moderna e responsável, capaz de gerar valor econômico e ambiental ao mesmo tempo.
FAQ sobre Beef on Dairy
1. O que significa Beef on Dairy?
É o uso de sêmen de raças de corte em vacas leiteiras para gerar bezerros mais valorizados no mercado de carne.
2. Quais são as principais vantagens dessa prática?
Maior rentabilidade, diversificação de receita, melhor aproveitamento do rebanho e sustentabilidade.
3. Todas as vacas leiteiras podem ser inseminadas com sêmen de corte?
Não. Normalmente a técnica é usada em vacas de menor valor genético, preservando o sêmen leiteiro para novilhas de ponta.
4. Os bezerros mestiços têm boa aceitação de mercado?
Sim, eles apresentam maior desempenho zootécnico e são mais procurados por recriadores e confinadores.
5. O Beef on Dairy
ajuda na sustentabilidade?
Sim. Ele melhora a eficiência do rebanho, reduz a mortalidade e contribui para a redução da pegada de carbono.
6. O Brasil já está preparado para essa prática?
O país está em fase de expansão, com grandes perspectivas de crescimento nos próximos anos.
- O futuro promissor da pecuária leiteira brasileira
O Beef on Dairy
se apresenta como uma estratégia inteligente e sustentável
para a pecuária leiteira brasileira. Ao unir genética, economia e sustentabilidade, a prática tem potencial de transformar o setor, tornando-o mais competitivo e alinhado às exigências do mercado moderno.
🔗 Fonte: Canal do Leite, The Dairy Site.

1. O impacto da nova medida no mercado do leite O setor leiteiro brasileiro é um dos pilares do agronegócio nacional, movimentando bilhões e sustentando milhares de famílias. No entanto, a volatilidade dos preços e a assimetria de informações entre produtores e indústrias sempre foram desafios críticos. Com o projeto aprovado , a comunicação de preços deixa de ser uma surpresa e passa a seguir um calendário fixo, permitindo que o produtor tenha tempo para comparar ofertas e ajustar sua produção , fortalecendo sua posição na negociação. 2. Entendendo o Projeto de Lei 293/25 O que diz o texto aprovado pela Comissão de Agricultura: O texto do PL 293/25 determina que todas as empresas que compram leite de produtores rurais informem, até o dia 25 de cada mês, o valor que será pago por litro no mês subsequente. Essa simples medida tem potencial para revolucionar o relacionamento entre indústria e produtor , estabelecendo uma base de confiança e previsibilidade . Objetivos centrais da proposta De acordo com a relatora Ana Paula Leão (PP-MG) , o principal objetivo é corrigir a desigualdade informacional que coloca o produtor em desvantagem. Em muitos casos, o produtor só sabe o preço depois da entrega ou no momento do pagamento , o que impede o planejamento adequado e compromete sua rentabilidade. 3. Transparência como base da nova proposta A assimetria de informações no setor leiteiro O setor enfrenta, há décadas, um problema estrutural: o produtor entrega seu produto sem saber quanto vai receber. Isso enfraquece sua capacidade de negociação e o torna refém de um sistema dominado por grandes indústrias. Como a medida beneficia o produtor rural Ao exigir que o preço seja divulgado com antecedência, o projeto dá poder ao produtor para comparar diferentes compradores, negociar melhores condições e organizar sua produção de forma estratégica. Além disso, promove a concorrência leal entre laticínios, forçando maior transparência no mercado. A importância do dia 25 como marco para divulgação do preço A escolha da data não é aleatória. O dia 25 permite que o produtor tenha pelo menos cinco dias úteis para analisar o cenário e planejar suas decisões. Isso contribui para um ciclo de produção mais estável e previsível. 4. Penalidades para quem descumprir a regra Multas e reincidências: entenda os percentuais O projeto prevê multas progressivas para laticínios que não cumprirem a obrigação: Primeira infração: multa de até 1% do faturamento, limitada a R$ 50 mil; Reincidência em 24 meses: multa de até 2%, com teto de R$ 200 mil; Reincidência grave: até 3%, chegando a R$ 500 mil. Esses valores foram pensados para desestimular o descumprimento e reforçar o compromisso das indústrias com a transparência. Destinação dos recursos arrecadados Os valores das multas serão aplicados em programas de melhoria da qualidade do leite, aumento da produtividade e combate a doenças como brucelose e tuberculose bovina — reforçando o caráter coletivo e sustentável da proposta. 5. Impactos esperados para produtores e indústrias A aprovação do Projeto de Lei 293/25 promete transformar profundamente as dinâmicas de negociação entre produtores rurais e indústrias de laticínios. A medida traz previsibilidade financeira, transparência comercial e estabilidade econômica para um dos setores mais sensíveis do agronegócio brasileiro. Previsibilidade financeira e planejamento produtivo Ao saber com antecedência o valor que receberá pelo litro de leite, o produtor passa a planejar melhor seus custos e investimentos. Isso inclui o manejo da alimentação do rebanho, a compra de insumos e a manutenção de equipamentos. A previsibilidade também ajuda na gestão de fluxo de caixa, permitindo que o produtor rural organize seus compromissos financeiros de forma mais eficiente. Esse novo cenário tende a reduzir a inadimplência, estimular o crédito agrícola e fortalecer a confiança entre produtores e instituições financeiras, que passam a operar em um ambiente mais previsível. Relações mais equilibradas entre produtores e laticínios Com a obrigatoriedade da divulgação do preço, os produtores não estarão mais à mercê da boa vontade das indústrias. Isso cria um ambiente de negócios mais justo, no qual a concorrência se baseia em critérios transparentes. As indústrias, por sua vez, também ganham com a medida, já que a previsibilidade reduz conflitos e melhora o relacionamento com os fornecedores. Efeitos econômicos e sociais no médio prazo A médio e longo prazo, o setor leiteiro deve observar maior profissionalização, melhor gestão de contratos e aumento da competitividade. O fortalecimento do produtor rural contribui para manter o campo produtivo, evitando o êxodo rural e estimulando o desenvolvimento de pequenas comunidades agrícolas. 6. Próximos passos: tramitação e possíveis ajustes na lei Caminho até a sanção presidencial Embora já tenha sido aprovado na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, o Projeto de Lei 293/25 ainda precisa passar por outras etapas. A proposta seguirá para análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Se aprovada, será levada ao plenário da Câmara dos Deputados e, posteriormente, ao Senado Federal. Somente após essa tramitação completa poderá ser sancionada pela Presidência da República e, então, virar lei. Sugestões e desafios para regulamentação futura Entre os pontos que ainda geram debate, está a definição dos critérios para o preço mais alto de mercado, garantindo que pequenos produtores não fiquem de fora dos benefícios da norma. Além disso, será necessário definir como se dará a fiscalização efetiva, especialmente em regiões de difícil acesso, onde o monitoramento é mais complexo. 7. O papel da tecnologia e da informação na cadeia do leite Plataformas digitais e transparência de preços Com o avanço tecnológico, diversas plataformas digitais já permitem o acompanhamento de cotações agrícolas em tempo real. A nova lei pode incentivar o desenvolvimento de sistemas públicos ou privados de divulgação de preços do leite, garantindo acesso fácil e gratuito às informações. Essas plataformas podem funcionar como um mercado transparente e democrático, onde produtores de diferentes regiões têm acesso aos mesmos dados e oportunidades. Boas práticas para gestão de contratos e negociações Além da divulgação do preço, é essencial que produtores adotem ferramentas de gestão financeira e de contratos, armazenando digitalmente comprovantes, acordos e comunicações com os laticínios. Essas boas práticas fortalecem o compliance rural, reduzem riscos jurídicos e garantem mais segurança nas relações comerciais. 8. Exemplos internacionais de políticas semelhantes Experiências na União Europeia e América Latina Na União Europeia, especialmente na França e na Espanha, políticas semelhantes já exigem que indústrias de laticínios divulguem contratos de compra com preços pré-definidos. Isso trouxe estabilidade e maior competitividade ao setor, além de evitar guerras de preços prejudiciais aos pequenos produtores. Na América Latina, países como Uruguai e Argentina também adotaram modelos de divulgação antecipada de preços, com resultados positivos em transparência e previsibilidade. O que o Brasil pode aprender com esses modelos O Brasil pode se inspirar nesses exemplos para adotar uma política de longo prazo, combinando legislação, tecnologia e educação financeira rural. O caminho para um mercado de leite mais justo e sustentável passa pela união de esforços entre governo, cooperativas e produtores individuais. 9. Transparência como caminho para um mercado mais justo O Projeto aprovado que obriga laticínios a informar preço do leite com antecedência é um passo importante para tornar o setor leiteiro brasileiro mais transparente, previsível e equilibrado. Com regras claras e penalidades efetivas, o país avança rumo a um modelo mais profissional e sustentável, onde produtores e indústrias caminham lado a lado em prol do desenvolvimento rural. A transparência, portanto, não é apenas uma exigência legal — é um instrumento de justiça econômica, essencial para garantir que o produtor seja respeitado e valorizado pelo papel fundamental que desempenha na alimentação de milhões de brasileiros. 10. Perguntas frequentes (FAQ) O que exatamente o projeto exige dos laticínios? O PL 293/25 determina que as indústrias informem até o dia 25 de cada mês o preço que pagarão por litro de leite no mês seguinte. Quem será responsável por fiscalizar o cumprimento da lei? A fiscalização deve ser feita por órgãos do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e pelas agências estaduais de defesa agropecuária. O que acontece se o laticínio não divulgar o preço no prazo? A empresa poderá receber multas que variam de 1% a 3% do faturamento, com limites de até R$ 500 mil, dependendo da reincidência. Como o produtor será informado sobre o preço? O texto prevê que o valor seja comunicado por meios eletrônicos, plataformas digitais ou aviso direto, assegurando transparência. Os pequenos produtores também serão beneficiados? Sim. O objetivo principal é proteger os pequenos e médios produtores, que são os mais afetados pela falta de previsibilidade. Quando a medida começará a valer? Após aprovação no Senado e sanção presidencial, o governo deverá publicar um decreto regulamentador definindo o prazo de entrada em vigor. Fonte: Compre Rural

1. A nova narrativa do agro na COP30: protagonista da sustentabilidade O reencontro do Brasil com o mundo no palco climático: Belém, palco da COP30, foi também o símbolo de um reencontro entre o Brasil e o mundo, entre o agro e a agenda climática. Ali, no Fórum Planeta Campo, empresários, produtores e líderes do setor apresentaram uma mensagem clara: é possível produzir mais, emitindo menos. O CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, foi enfático: “O desafio não é escolher entre alimentar o mundo e preservar o planeta — é aprender a fazer as duas coisas ao mesmo tempo.” Essa frase sintetiza o espírito da nova era do agro brasileiro. O Fórum Planeta Campo e o destaque da pecuária responsável: Durante o fórum, exemplos práticos mostraram como o setor pecuário vem inovando: manejo sustentável de pastagens, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), redução do uso de insumos e rastreabilidade animal são agora pilares da transformação. A pecuária sustentável deixou de ser exceção — tornou-se o novo padrão. 2. O equilíbrio entre produtividade e responsabilidade Transferindo tecnologia e conhecimento aos pequenos e médios produtores Essa democratização da inovação é essencial. Programas de assistência técnica e plataformas digitais estão permitindo que produtores de menor porte aumentem a eficiência alimentar, otimizem recursos hídricos e capturem mais carbono no solo. E é aqui que empresas como a Agros Nutrition desempenham papel vital — levando soluções nutricionais inteligentes que reduzem emissões de metano e melhoram o desempenho animal. 3. Rastreabilidade e credibilidade Blockchain e monitoramento ambiental: do pasto ao prato: A rastreabilidade deixou de ser tendência para se tornar condição de competitividade internacional. Empresas do setor, como a JBS, implementaram plataformas baseadas em blockchain que permitem rastrear cada animal desde o nascimento até o ponto de venda, garantindo transparência e conformidade ambiental. Esse avanço reforça a credibilidade do agro brasileiro em mercados que exigem comprovação de práticas sustentáveis, especialmente na Europa e nos Estados Unidos. “Escritórios Verdes” e a orientação técnica para a regularização ambiental: Iniciativas como os Escritórios Verdes — centros de apoio a pecuaristas que buscam eficiência produtiva e adequação ambiental — exemplificam como o agro está se reinventando. Esses espaços ajudam produtores a entender legislações, recuperar áreas degradadas e implantar sistemas de rastreabilidade — transformando sustentabilidade em oportunidade. 4. Práticas sustentáveis que o mundo precisa conhecer Pecuária de baixo carbono: tecnologias e cases de sucesso: A pecuária de baixo carbono já é uma realidade palpável no Brasil. Sistemas como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), pastejo rotacionado e o uso de biofertilizantes estão reduzindo drasticamente a pegada ambiental do setor. Essas práticas permitem maior absorção de carbono no solo, reduzem erosão e melhoram a qualidade da pastagem, tornando o ambiente mais resiliente às mudanças climáticas. Um exemplo emblemático vem de fazendas no Mato Grosso e Goiás, onde a combinação de suplementação nutricional balanceada e gestão eficiente do rebanho reduziu as emissões de metano em até 30%. Esse tipo de resultado mostra que sustentabilidade e rentabilidade podem caminhar lado a lado — e que a inovação é a ponte entre esses dois mundos. Como o Brasil está liderando com dados e resultados reais: O Brasil tem se destacado como um dos únicos países com metodologias próprias e certificadas de cálculo de emissões e sequestro de carbono na pecuária. Programas como o ABC+ (Agricultura de Baixo Carbono), do Ministério da Agricultura, e o CAR (Cadastro Ambiental Rural) consolidam a base científica e legal para medir, monitorar e comprovar resultados. Em resumo, o agro brasileiro está provando com dados o que o mundo ainda discute em teoria. 5. Financiamento verde e inclusão produtiva: o desafio da pequena escala Recompensar quem produz certo: créditos de carbono e novos mercados: Um dos pontos mais discutidos na COP30 foi a necessidade de mecanismos econômicos que valorizem quem adota práticas sustentáveis. Como ressaltou Jai Shroff, CEO global da UPL, “os produtores brasileiros estão entre os mais sustentáveis do mundo, mas raramente são recompensados por isso”. Essa lacuna começa a ser preenchida com o avanço dos mercados de créditos de carbono, que permitem transformar a redução de emissões em receita adicional. Hoje, iniciativas privadas e públicas buscam certificar propriedades rurais de baixa emissão, abrindo portas para exportações premium e acordos internacionais. O resultado? Um círculo virtuoso, em que produzir com responsabilidade se torna também uma decisão economicamente vantajosa. Fortalecendo a resiliência do pequeno produtor rural: O pequeno pecuarista é, muitas vezes, o mais afetado pelas mudanças climáticas — e o menos preparado para enfrentá-las. Por isso, a inclusão produtiva e o apoio técnico-financeiro são essenciais. Programas de capacitação, crédito acessível e parcerias com cooperativas têm ajudado esses produtores a adotar tecnologias limpas, melhorar a nutrição animal e aumentar sua competitividade. 6. O reconhecimento internacional do agro brasileiro O novo olhar sobre o Brasil: Durante a COP30, Jai Shroff, CEO da UPL, destacou que os produtores brasileiros “estão entre os que mais aplicam práticas sustentáveis no planeta”. Essa fala ecoou entre os representantes de diversos países, que começaram a enxergar o agro brasileiro com mais respeito e curiosidade. De fato, o Brasil é hoje um dos poucos países que consegue produzir alimentos em larga escala, preservando mais de 60% do território com vegetação nativa. O caminho para consolidar a credibilidade global do agro nacional: Para que essa imagem positiva se consolide, o Brasil precisa continuar investindo em transparência, dados e educação ambiental. Mostrar resultados concretos — seja por meio de plataformas digitais, certificações internacionais ou estudos científicos — é a melhor resposta a narrativas negativas. O agro moderno não se esconde: ele abre as porteiras para o mundo ver o que está fazendo. 7. O futuro verde da pecuária O futuro da pecuária sustentável passa pelo conhecimento: Investir em educação técnica, extensão rural e capacitação digital é o que permitirá acelerar a transição climática no campo. As novas gerações de produtores já enxergam a sustentabilidade não como um desafio, mas como uma oportunidade de protagonismo global. O papel das parcerias público-privadas na transição climática: Nenhum ator — público ou privado — conseguirá transformar o setor sozinho. As parcerias entre governo, empresas e universidades têm se mostrado fundamentais para criar soluções escaláveis e mensuráveis. Da pesquisa em nutrição animal à certificação de carbono, a colaboração é a nova base do progresso agroambiental. 8. O agro como protagonista da transformação sustentável O que a COP30 revelou ao mundo é que o agro brasileiro não foge do debate climático — ele o lidera. A pecuária sustentável está mostrando que é possível equilibrar produtividade, bem-estar animal e redução de emissões, tudo com base em ciência e inovação. Empresas como a Agros Nutrition provam que sustentabilidade não é discurso: é prática diária, feita no campo, com resultados mensuráveis. O futuro do planeta passa pelo campo — e o Brasil está pronto para mostrar que produzir e preservar podem andar de mãos dadas. Perguntas Frequentes (FAQ) O agro é realmente parte da solução climática? Sim. A agricultura e a pecuária brasileiras são hoje parte essencial das estratégias globais de mitigação climática, graças ao uso de tecnologias regenerativas, manejo sustentável e sequestro de carbono no solo. O que é pecuária de baixo carbono? É o modelo de produção que busca reduzir emissões de gases de efeito estufa por meio de práticas como nutrição balanceada, manejo de pastagens, recuperação de áreas degradadas e integração lavoura-pecuária-floresta. Como funciona a rastreabilidade via blockchain no campo? O blockchain permite registrar todas as etapas da cadeia produtiva de forma segura e transparente — desde o nascimento do animal até o ponto de venda — garantindo conformidade ambiental e origem certificada. O pequeno produtor pode ser sustentável e competitivo? Sim. Com acesso à assistência técnica e tecnologia adequada, pequenos produtores conseguem aumentar produtividade, reduzir custos e acessar mercados verdes, tornando-se protagonistas da transição climática. Quais tecnologias ajudam a reduzir emissões na pecuária? Nutrição de precisão, suplementos alimentares, biotecnologia, ILPF, energia renovável e monitoramento digital são algumas das principais ferramentas que tornam o rebanho mais eficiente e menos emissor. O que torna o agro brasileiro referência mundial em sustentabilidade? O Brasil combina alta produtividade com preservação ambiental, mantendo mais de 60% do território conservado e adotando metodologias certificadas de rastreabilidade e mitigação de carbono. Fonte: Canal Rural









