Crédito Solar no Campo: R$ 400 milhões impulsionam energia renovável para agricultores familiares

August 29, 2025

Crédito garante R$ 400 milhões via FGO para financiar usinas solares cooperativas, levando energia renovável, inovação e sustentabilidade ao agricultor familiar.

  • Contexto e principais diretrizes do projeto
  • Mecanismo de financiamento e papel do FGO
  • Benefícios para agricultores familiares e cooperativas
  • Integração com programas agroflorestais e sustentabilidade
  • Desafios, trâmite legislativo e perspectivas futuras
  • Perguntas Frequentes (FAQs)
  • A inovação tecnológica


O Crédito Solar no Campo é um marco para o fortalecimento da agricultura familiar no Brasil. Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que destina R$ 400 milhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para apoiar a instalação de usinas solares cooperativas em áreas rurais.

A proposta, de autoria do deputado Pedro Uczai (PT-SC) e relatada por Nilto Tatto (PT-SP), tem como objetivo democratizar o acesso à energia renovável, reduzir custos de produção e aumentar a autonomia dos agricultores.

Se aprovado pelo Senado e sancionado pela Presidência, o programa pode transformar a matriz energética rural, colocando o agricultor familiar no centro da transição energética sustentável.

Mecanismo de financiamento e papel do FGO
O funcionamento do projeto é simples, mas altamente estratégico:
  • Os R$ 400 milhões funcionarão como garantia para empréstimos destinados à construção de usinas solares cooperativas.
  • Os recursos terão validade de 18 meses após a sanção da lei.
  • O acesso ao crédito será feito por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).
  • A energia gerada deve ser usada exclusivamente para as atividades agropecuárias dos cooperados.
  • As condições de prazos, juros e regras específicas serão definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Esse mecanismo é importante porque diminui o risco para os bancos, tornando o crédito mais acessível e atrativo para agricultores e cooperativas.

Benefícios para agricultores familiares e cooperativas

O Crédito Solar no Campo vai muito além da simples geração de energia:
  • Redução dos custos de produção: com energia própria, o agricultor gasta menos em eletricidade.
  • Formação de cooperativas de energia: produtores poderão se unir e compartilhar usinas, ampliando a força coletiva.
  • Diversificação da renda: a economia gerada com energia pode ser reinvestida na produção agrícola.
  • Democratização da energia renovável: torna o acesso ao solar mais justo e acessível.
  • Fortalecimento da sustentabilidade econômica: ao descentralizar a produção energética, agricultores ganham mais resiliência contra oscilações do mercado.


O deputado Tatto destacou que essa medida é parte de uma estratégia de transição energética justa e inclusiva, com impactos diretos na autonomia regional e comunitária.

Integração com programas agroflorestais e sustentabilidade
O projeto não se limita à energia solar: ele se conecta com programas de preservação ambiental e agricultura sustentável, como:
  • Prosaf (Programa de Sistemas Agroflorestais de Base Agroecológica):
    • Restauração de áreas degradadas.
    • Conservação da biodiversidade.
    • Apoio a comunidades tradicionais e familiares.
  • Programa Nacional de Florestas Produtivas:
    • Recuperação produtiva de áreas degradadas.
    • Oferta de crédito, assistência técnica e viveiros comunitários.
    • Acesso a pagamentos por serviços ambientais.
Essas iniciativas fortalecem o elo entre produção agrícola, sustentabilidade e inovação energética, colocando o Brasil como referência em bioeconomia e transição verde.

Desafios, trâmite legislativo e perspectivas futuras
Apesar do potencial, o projeto ainda precisa:
  • Ser aprovado no Senado Federal.
  • Receber sanção presidencial.
  • Passar pela regulamentação do CMN e dos bancos parceiros.

Durante a votação, houve críticas sobre possíveis excessos na política pública ou riscos de desvio de foco. No entanto, defensores reforçam que essa medida é estratégica para modernizar o campo e reduzir a desigualdade energética.
Se aprovado, o Crédito Solar no Campo pode se tornar um ponto de virada para cooperativas rurais, permitindo que elas liderem a geração distribuída de energia no Brasil.

Perguntas Frequentes (FAQs)
1. O que é o Crédito Solar no Campo?
 É um projeto que destina R$ 400 milhões do FGO para financiar usinas solares cooperativas no meio rural.
2. Quem pode acessar o financiamento?
 Agricultores familiares e cooperativas rurais que utilizem energia para atividades agropecuárias.
3. Como funcionará o financiamento?
 O Pronaf será o principal canal de acesso ao crédito, com garantias do FGO.
4. Qual o prazo para utilização dos recursos?
 18 meses após a sanção da lei.
5. Quais são os benefícios diretos para os agricultores?
 Redução de custos, maior autonomia, energia limpa e fortalecimento da produção cooperativa.
6. O projeto já está em vigor?
 Ainda não. Ele aguarda análise do Senado e sanção presidencial.

A inovação tecnológica

O Crédito Solar no Campo representa uma das iniciativas mais inovadoras e sustentáveis para a agricultura familiar no Brasil. Ele une energia renovável, práticas agroecológicas e fortalecimento cooperativo, ao mesmo tempo em que abre portas para desenvolvimento regional e autonomia produtiva.
Com a aprovação no Senado, essa medida poderá transformar o campo brasileiro em um laboratório vivo da transição energética, colocando o agricultor familiar no centro da sustentabilidade e inovação.

Para acompanhar a tramitação oficial do projeto, visite o Portal da Câmara dos Deputados.


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Fonte:
https://www.comprerural.com/aprovado-projeto-que-destina-r-400-milhoes-para-agricultor-investir-em-energia-solar/
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