Desafios Futuros Para Soja: Mosca Branca

January 29, 2024

Como são favorecidas e os impactos que podem causar nas lavouras.


01. Quem é a mosca branca?

02. Prejuízos e impactos

03. Estratégias eficientes

04. Soluções Agros


01. Quem é a mosca branca?


A pressão causada pela mosca-branca sobre os cultivos, em especial de soja, é algo preocupante na safra 2023/24, devido ao El Niño. Normalmente quente e úmido são características que por si favorecem o desenvolvimento de insetos, condições que foram acentuadas em função do fenômeno climático, com temperaturas acima da média e períodos chuvosos irregulares até o primeiro trimestre de 2024. A região Centro-Oeste já apresenta significativas perdas pela incidência de mosca branca.


A complexidade da biologia do inseto, por si só, já é um fator que dificulta seu controle, pois apresenta biótipos e a identificação dos mesmos só ocorre por marcadores moleculares. Seu ciclo de vida sob condições favoráveis pode ser de duas a quatro semanas. As fêmeas ovopositam até 300 ovos, ou seja, podem produzir até 15 gerações em um ano.


A espécie Bemisia tabaci é um inseto que se alimenta predominantemente das folhas e esse processo, por si, já é responsável pelo enfraquecimento do vegetal. Quando a planta é exposta a esse fator, alinhado com o estresse do ambiente (altas temperaturas, por exemplo), pode acarretar em quedas severas de produção.


02. Prejuízos e impactos


Dependendo da severidade, as quedas na produção da soja podem atingir até 30%. A espécie em questão causa prejuízos diretos, relacionados à sucção da seiva quando se alimenta, e indiretos ao se alimentar do tecido vegetal, esse fica suscetível à entrada de patógenos que podem causar doenças. 


Outra questão é que, ao se alimentar, a mosca-branca excreta uma substância rica em açúcares, ideal para o crescimento de fungos e consequente diminuição de área foliar para realização da fotossíntese. O inseto também pode ser precursor de doenças de forma ativa, através da inoculação de bactérias e principalmente vírus.


O clima tropical predomina no país e é influenciado por diversos fatores, como altitude, latitude, umidade, etc. É caracterizado por estações bem definidas de clima quente e úmido e outra de frio e seco.


A alta temperatura e o tempo seco são condições ideais para o desenvolvimento de diversos insetos, pois a chuva funciona como um controle natural. A alta temperatura e ausência de chuvas acelera o ciclo desses insetos, ou seja, há um aumento considerável na população em um curto espaço de tempo. Todavia, a presença de chuvas irregulares com alta intensidade dificultam a entrada de defensivos, atrasando a ação destes para a diminuição da população do inseto.


O monitoramento nas culturas deve ser intensificado nesse período, pois é por meio dessa prática que será realizada a tomada de decisão para entrar com o controle. O produtor percebendo a necessidade, deve entrar com o manejo orientado e prescrito por um engenheiro agrônomo.


É importante destacar que, nesse panorama, a aplicação nunca deve ser realizada nos períodos de temperatura elevada, pois em um cenário de clima quente e seco, o produto tem uma translocação mais lenta e consequente eficiência reduzida.



03. Estratégias eficientes


Como é uma realidade que essas condições climáticas colaboraram significativamente para o aumento da população do inseto, as estratégias mais adequadas para o enfrentamento dessas situações permeia a escolhas de cultivares mais resistentes e a alteração no calendário de plantio, onde aguarda-se o período em que as variações climáticas são mais indicadas e o controle mais eficiente.


O controle cultural é outro método importante, objetivando eliminar qualquer cultura que possa ser hospedeira. A eliminação tem como função criar um ambiente cada vez mais desfavorável à presença do inseto-praga. 


Também considera-se a distribuição espacial dos cultivos, pois no final do ciclo da cultura de interesse há diminuição na oferta de alimento e a tendência é a dispersão do inseto na direção do vento, para procura de alimentos. Cultivos na direção contrária ao vento tendem a reduzir este problema, assim como a utilização de barreiras de vento, impedindo sua chegada na área.


Sempre que possível, eliminar as fontes de infestação ou reservatório, pois são nesses locais, quando não houver cultura de interesse em campo, que os insetos sobreviverão e estarão aptos ao aumento de sua população sob as condições adequadas.


A utilização de plantas-armadilhas com aplicação de inseticidas sistêmicos também é uma prática preventiva que auxilia. É importante ressaltar que um único método não é o suficiente, mas sim a utilização de diferentes métodos em momentos diferentes, visando diminuir a população desta praga.. A ideia é que o manejo seja integrado, e quanto mais medidas preventivas e curativas forem utilizadas, maior será a eficiência.


04. Soluções Agros


Parte importante de um manejo fitossanitário bem feito está na nutrição da lavoura, permitindo que a planta tenha suas estratégias de defesa plenamente ativas. Assim, um programa de adubação bem elaborado e aplicado é premissa para o manejo integrado de doenças e pragas. Nesse quesito, os Fertilizantes Especiais Agros desempenham um papel importante, por meio de uma nutrição avançada estimulada pelos macro e micronutrientes de sua composição, bem como a atividade bioestimulante do extrato de algas, deixando a planta em alerta, assim como a pronta ação dos aminoácidos.

Além das soluções tecnológicas destinadas ao desenvolvimento da planta, a Agros também apresenta o Robustan como uma ferramenta neste pool de manejos, com aminoácidos, ácido ascórbico e nanotecnologia direcionados em reduzir e potencializar a ação dos defensivos já utilizados no controle de pragas e doenças. Levar maior controle com um manejo mais eficiente é o que a Agros busca para as lavouras em todo país.


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Fonte: Daniela Aparecida Teixeira

Doutora em Agronomia/Horticultura – Unesp

daniela.teixeira@hotmail.com



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Contexto e principais diretrizes do projeto Mecanismo de financiamento e papel do FGO Benefícios para agricultores familiares e cooperativas Integração com programas agroflorestais e sustentabilidade Desafios, trâmite legislativo e perspectivas futuras Perguntas Frequentes (FAQs) A inovação tecnológica O Crédito Solar no Campo é um marco para o fortalecimento da agricultura familiar no Brasil. Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que destina R$ 400 milhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para apoiar a instalação de usinas solares cooperativas em áreas rurais. A proposta, de autoria do deputado Pedro Uczai (PT-SC) e relatada por Nilto Tatto (PT-SP) , tem como objetivo democratizar o acesso à energia renovável, reduzir custos de produção e aumentar a autonomia dos agricultores. Se aprovado pelo Senado e sancionado pela Presidência, o programa pode transformar a matriz energética rural, colocando o agricultor familiar no centro da transição energética sustentável . Mecanismo de financiamento e papel do FGO O funcionamento do projeto é simples, mas altamente estratégico: Os R$ 400 milhões funcionarão como garantia para empréstimos destinados à construção de usinas solares cooperativas. Os recursos terão validade de 18 meses após a sanção da lei. O acesso ao crédito será feito por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). A energia gerada deve ser usada exclusivamente para as atividades agropecuárias dos cooperados. As condições de prazos, juros e regras específicas serão definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Esse mecanismo é importante porque diminui o risco para os bancos, tornando o crédito mais acessível e atrativo para agricultores e cooperativas. Benefícios para agricultores familiares e cooperativas O Crédito Solar no Campo vai muito além da simples geração de energia: Redução dos custos de produção: com energia própria, o agricultor gasta menos em eletricidade. Formação de cooperativas de energia: produtores poderão se unir e compartilhar usinas, ampliando a força coletiva. Diversificação da renda: a economia gerada com energia pode ser reinvestida na produção agrícola. Democratização da energia renovável: torna o acesso ao solar mais justo e acessível. Fortalecimento da sustentabilidade econômica: ao descentralizar a produção energética, agricultores ganham mais resiliência contra oscilações do mercado. O deputado Tatto destacou que essa medida é parte de uma estratégia de transição energética justa e inclusiva , com impactos diretos na autonomia regional e comunitária. Integração com programas agroflorestais e sustentabilidade O projeto não se limita à energia solar: ele se conecta com programas de preservação ambiental e agricultura sustentável, como: Prosaf (Programa de Sistemas Agroflorestais de Base Agroecológica): Restauração de áreas degradadas. Conservação da biodiversidade. Apoio a comunidades tradicionais e familiares. Programa Nacional de Florestas Produtivas: Recuperação produtiva de áreas degradadas. Oferta de crédito, assistência técnica e viveiros comunitários. Acesso a pagamentos por serviços ambientais. Essas iniciativas fortalecem o elo entre produção agrícola, sustentabilidade e inovação energética, colocando o Brasil como referência em bioeconomia e transição verde. Desafios, trâmite legislativo e perspectivas futuras Apesar do potencial, o projeto ainda precisa: Ser aprovado no Senado Federal . Receber sanção presidencial. Passar pela regulamentação do CMN e dos bancos parceiros. Durante a votação, houve críticas sobre possíveis excessos na política pública ou riscos de desvio de foco. No entanto, defensores reforçam que essa medida é estratégica para modernizar o campo e reduzir a desigualdade energética. Se aprovado, o Crédito Solar no Campo pode se tornar um ponto de virada para cooperativas rurais, permitindo que elas liderem a geração distribuída de energia no Brasil. Perguntas Frequentes (FAQs) 1. O que é o Crédito Solar no Campo? É um projeto que destina R$ 400 milhões do FGO para financiar usinas solares cooperativas no meio rural. 2. Quem pode acessar o financiamento? Agricultores familiares e cooperativas rurais que utilizem energia para atividades agropecuárias. 3. Como funcionará o financiamento? O Pronaf será o principal canal de acesso ao crédito, com garantias do FGO. 4. Qual o prazo para utilização dos recursos? 18 meses após a sanção da lei. 5. Quais são os benefícios diretos para os agricultores? Redução de custos, maior autonomia, energia limpa e fortalecimento da produção cooperativa. 6. O projeto já está em vigor? Ainda não. Ele aguarda análise do Senado e sanção presidencial. A inovação tecnológica O Crédito Solar no Campo representa uma das iniciativas mais inovadoras e sustentáveis para a agricultura familiar no Brasil. Ele une energia renovável , práticas agroecológicas e fortalecimento cooperativo , ao mesmo tempo em que abre portas para desenvolvimento regional e autonomia produtiva. Com a aprovação no Senado, essa medida poderá transformar o campo brasileiro em um laboratório vivo da transição energética , colocando o agricultor familiar no centro da sustentabilidade e inovação. Para acompanhar a tramitação oficial do projeto, visite o Portal da Câmara dos Deputados. -- Fonte: https://www.comprerural.com/aprovado-projeto-que-destina-r-400-milhoes-para-agricultor-investir-em-energia-solar/
27 de agosto de 2025
O transporte de animais vivos é um elo crucial da cadeia produtiva da pecuária brasileira. Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciou novas regras para essa atividade, trazendo mudanças profundas tanto para pecuaristas quanto para transportadores. Essas alterações buscam elevar os padrões de bem-estar animal , aumentar a segurança logística e alinhar o Brasil às exigências internacionais. No entanto, como toda mudança regulatória, também traz custos adicionais e desafios operacionais que podem impactar a rentabilidade, especialmente para pequenos e médios produtores. Neste artigo, vamos explorar o que motivou essas mudanças, os impactos na prática, os custos envolvidos e as oportunidades que surgem para o setor da pecuária nacional. O que motivou as mudanças nas regras Alinhamento às boas práticas internacionais O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina, suína e de frango do mundo. Para manter sua competitividade, precisa se adequar a padrões cada vez mais exigentes em sustentabilidade, rastreabilidade e bem-estar animal. Países da União Europeia e da Ásia já possuem regras rigorosas, e o alinhamento do Brasil é estratégico para manter o acesso a esses mercados. Relação entre transporte adequado e qualidade da carne Diversos estudos comprovam que o manejo inadequado durante o transporte causa estresse, perdas de peso, contusões e até mortalidade. Esses fatores afetam diretamente a qualidade final da carne e, consequentemente, a rentabilidade da cadeia. O governo decidiu, então, estabelecer regras mais claras sobre tempo máximo de viagem, veículos adaptados e documentação obrigatória. Impactos no bem-estar e na segurança animal Limites de tempo e paradas obrigatórias Uma das principais mudanças é a definição de tempo máximo de transporte . Agora, os caminhões precisam realizar paradas estratégicas para descanso, hidratação e alimentação dos animais. Redução de mortalidade e estresse animal Essas medidas ajudam a reduzir a mortalidade, o estresse e as contusões, além de preservar o desempenho zootécnico dos rebanhos. Competitividade internacional com foco em bem-estar No mercado global, o bem-estar animal é cada vez mais valorizado. Isso significa que o Brasil, ao implementar regras mais rigorosas, pode ganhar espaço em mercados premium , onde consumidores pagam mais por carne certificada e produzida de forma sustentável. Custos adicionais para os pecuaristas Adaptações obrigatórias nos veículos Os veículos precisarão de ventilação adequada, divisórias internas, pisos antiderrapantes e monitoramento. Essa adaptação representa um custo elevado, principalmente para pequenos transportadores. Treinamento e mão de obra especializada Motoristas e auxiliares deverão receber capacitação específica sobre manejo e bem-estar animal. Esse investimento em treinamento eleva os custos fixos, mas aumenta a segurança e eficiência . Peso financeiro para pequenos e médios produtores Grandes grupos pecuaristas têm maior facilidade de adaptação, mas os pequenos e médios produtores podem sentir forte impacto financeiro, com risco de repassar os custos ao preço final da carne. Adaptação da logística e da infraestrutura Frigoríficos e pontos de parada adaptados Frigoríficos e fazendas precisarão estar preparados com áreas de descanso e abastecimento . Isso pode estimular a criação de novos polos logísticos ao longo das principais rotas de transporte. Reorganização de rotas e parcerias logísticas Para reduzir custos, muitos produtores poderão firmar parcerias com transportadoras especializadas , revisar rotas e investir em planejamento logístico mais eficiente . Perspectivas e oportunidades para o setor Ganhos de imagem e acesso a novos mercados Apesar dos custos iniciais, a adaptação às novas normas pode reforçar a imagem do Brasil como exportador de carne sustentável . Isso abre portas em mercados exigentes e pode elevar a valorização da carne brasileira. Certificações, selos de qualidade e diferenciação Produtores que adotarem as normas mais rapidamente podem obter selos de bem-estar animal , certificações internacionais e contratos exclusivos com compradores premium. FAQ – Perguntas Frequentes 1. Quando as novas regras para transporte de animais entram em vigor? As normas já foram publicadas pelo MAPA e terão prazos escalonados para adaptação. 2. Quais os principais custos de adequação? Adaptação de veículos, treinamento de motoristas e ajustes na logística são os principais pontos de custo. 3. Essas regras valem para todos os tipos de animais? Sim, as normas abrangem bovinos, suínos, aves e outros animais de produção. 4. Como os frigoríficos devem se preparar? Com áreas de parada, estrutura de descanso e procedimentos alinhados às exigências de bem-estar animal. 5. O que muda para os exportadores de carne? Eles ganham mais competitividade em mercados exigentes, especialmente Europa e Ásia. 6. Pequenos produtores terão apoio financeiro? Ainda não há definição oficial, mas sindicatos e associações já discutem propostas de incentivos. O futuro da pecuária frente às novas regras As novas regras para transporte de animais representam um marco para a pecuária brasileira. Embora tragam custos e desafios imediatos , elas também abrem portas para mercados mais exigentes, agregam valor à carne brasileira e promovem um futuro mais sustentável. Produtores que se anteciparem às mudanças terão vantagem competitiva e poderão se destacar com certificações e parcerias comerciais estratégicas. Para mais informações oficiais, acesse o site do MAPA – Ministério da Agricultura e Pecuária -- Fonte: https://www.comprerural.com/novas-regras-para-o-transporte-de-animais-deve-custar-mais-aos-pecuaristas-veja-o-que-mudou/
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