Um feito histórico marcou a agricultura brasileira nesta safra. Ricardo Basso, produtor de Luís Eduardo Magalhães (BA), colheu 481,2 toneladas de soja em apenas 8 horas, estabelecendo um novo recorde nacional. A conquista, certificada por uma entidade independente, não só evidencia a excelência técnica do setor, mas também reforça o protagonismo do Brasil no cenário global de grãos.

A jornada rumo ao recorde exigiu mais do que sorte. Basso destacou que a superação veio de um alinhamento meticuloso entre planejamento, conhecimento profundo da lavoura e investimento em maquinário de última geração. “O desafio foi imenso. Cada detalhe, desde a preparação do solo até a regulagem das máquinas, foi crucial”, afirmou o produtor.

A operação ocorreu em uma área de 130 hectares, com uma colheitadeira equipada com inteligência artificial (IA), que ajusta automaticamente parâmetros como velocidade e altura de corte conforme as condições do terreno. O resultado? Uma velocidade média de 11 km/h e um índice de perdas de apenas 0,4%, bem abaixo da média nacional.

A máquina utilizada por Basso é um exemplo de como a inovação está revolucionando o campo. Sensores inteligentes monitoram em tempo real fatores como umidade dos grãos e densidade da plantação, enquanto sistemas de conectividade permitem o acompanhamento remoto da operação. “A tecnologia nos dá agilidade para corrigir falhas na hora, mas o olho treinado do agricultor é insubstituível”, ressaltou o produtor.

Esses avanços não só elevam a eficiência, mas também reduzem custos e perdas. No caso de Basso, a combinação de IA e gestão precisa garantiu uma colheita 15% mais eficiente que o recorde anterior, registrado na mesma região em 2017.

A quebra de recorde não é um caso isolado. Segundo a Conab, a safra 2024/25 de grãos deve atingir 328,3 milhões de toneladas, com a soja respondendo por 167,4 milhões – um aumento de 13% ante o ciclo anterior. O cerrado brasileiro, especialmente o oeste da Bahia, tem se destacado como um celeiro de produtividade, graças a solos férteis, clima favorável e adoção precoce de tecnologias sustentáveis.

“O agro brasileiro é movido a inovação. Cada recorde como esse mostra nossa capacidade de alimentar o mundo com competitividade”, comentou um analista do setor.

Basso enfatiza que, por trás dos números, está a experiência acumulada de anos no campo. “Conhecer cada talhão, entender como a lavoura reage a diferentes manejos – isso faz a diferença”, explicou. Para ele, a tecnologia é uma aliada, mas o conhecimento prático do agricultor é o verdadeiro diferencial.

Esse equilíbrio entre inovação e expertise humana tem sido essencial para o Brasil enfrentar desafios como mudanças climáticas e pressões por sustentabilidade.

O recorde de Ricardo Basso não é apenas um troféu individual, mas um símbolo da evolução do agro nacional. Ele reforça a importância de investir em pesquisa, capacitação e tecnologias adaptadas às condições tropicais. À medida que o país avança rumo a safras ainda mais expressivas, casos como esse servem de incentivo para que outros produtores explorem o potencial de suas terras.

Para o Brasil, que já responde por mais de 50% do comércio global de soja, o futuro parece promissor. E, com protagonistas como Basso, fica claro que o caminho para alimentar o mundo passa, inevitavelmente, pelo cerrado brasileiro.

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Fonte:

https://www.canalrural.com.br/agricultura/projeto-soja-brasil/produtor-da-bahia-atinge-recorde-na-colheita-de-soja-na-brasil/