Como melhorar o sistema radicular da soja?

Eduardo Gainete Ramos • June 9, 2022

O manejo adequado do solo pode proporcionar maior vigor no enraizamento da sua lavoura


1.    O solo para a soja

2.    A importância do enraizamento

3.    Nodulação e fixação de N

4.    Conclusão

 

1.    O solo para a soja

O manejo do solo vem sendo intensificado a cada ano que passa, para promover a melhora das estruturações química, física e biológica. Manter a terra “saudável” é imprescindível para o bom desenvolvimento dessa cultura, que deve receber cuidados desde antes da semeadura para refletir em retorno direto na hora da colheita.


A sucessão de atividades que precede o plantio, relacionadas ao solo em que a soja será plantada, se inicia com a escolha do local, passando pelo histórico da área, até as informações específicas da cultivar e da região.


Existem algumas características importantes do solo que devem ser observadas para um bom desenvolvimento da soja. São elas:


·       ↑ atividade biológica;

·       boa estruturação do solo;

·       profundidade boa para as raízes;

·       boa compactação;

·       pH

·       boa nutrição.


Para que seja possível analisar, controlar e eventualmente corrigir esses fatores, é muito importante que sejam realizadas análises do solo com frequência, possibilitando assim, identificar os pontos críticos e definir o melhor manejo a ser empregado para correção e controle.

 

2.    Importância do enraizamento

As raízes são órgãos fundamentais para o desenvolvimento de toda e qualquer lavoura, sendo crucial buscar sempre as melhores condições de solo para o seu melhor estabelecimento.


De um modo geral, a raiz é responsável pela conexão entre solo e parte aérea, sendo diretamente responsável por uma série de ações ligadas ao estabelecimento e crescimento da lavoura, como por exemplo:


·       obtenção de água;

·       absorção de nutrientes;

·       síntese de reguladores de crescimento;

·       interação com microrganismos e solução do solo;

·       armazenamento de energia;


Além da estruturação prévia, o manejo correto da fertilidade e nutrição do solo, está atrelada à boas condições de enraizamento. Para assegurar um bom estabelecimento destas raízes, uma série de macro e micronutrientes são requeridos, sendo os mais importantes:



·       Fósforo (P);

·       Nitrogênio (N);

·       Cálcio (Ca);

·       Enxofre (S);

·       Boro (B);


Destaque para o nitrogênio, nutriente muito importante na cultura, obtido de maneira diferente dos demais.

 

3.    Nodulação e fixação de N

Via de regra, o nitrogênio não é fornecido às plantas de maneira direta, mas sim através da inoculação de bactérias fixadoras de N, em sua maioria Bradyrizhobium, conhecidos como rizóbio. Estes microrganismos atuam através da associação com a raiz da planta, formando nódulos onde são feitas as reações para a disponibilização do N.


A raiz da soja possui interações com as bactérias fixadoras de nitrogênio, muito benéficas para a lavoura e para o solo em si. A simbiose realizada com estes microrganismos permite que, através da enzima nitrogenase, moléculas de nitrogênio, na forma de N2, sejam disponibilizadas de maneira assimilável pelas plantas.


É importante após a inoculação atentar-se para a nodulação, que de maneira geral pode ser identificada pela formação de nódulos nas raízes das plantas. Deve-se observar a quantidade e também sua dimensão, buscando nódulos iguais ou superiores a 2 mm, visto que possuem maior capacidade de fixação de N.

 

4.    Conclusão

Levando em consideração as informações e medidas citadas acima, é possível aferir que se pode alcançar um bom incremento na produtividade apenas com o correto manejo do solo, fornecendo boas condições para que o enraizamento e a inoculação sejam bem sucedidos.


Quer receber mais dicas de como realizar o melhor manejo do seu solo? A equipe Agros está sempre ao seu lado para a leitura correta dos fatores críticos e tomada de decisões, levando ainda mais sucesso para a sua lavoura!

 

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FONTES:

 

https://summitagro.estadao.com.br/noticias-do-campo/qual-e-a-importancia-do-solo-para-o-plantio/

https://www.stoller.com.br/raizes-da-soja-uma-funcao-muito-alem-da-tradicional-fixacao-das-plantas/

https://maissoja.com.br/fixacao-biologica-do-nitrogenio/

https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/3780/fixacao-biologica-de-nitrogenio-em-soja

https://blogs.canalrural.com.br/embrapasoja/2019/01/03/nematoides-a-praga-invisivel-da-soja/

https://blog.aegro.com.br/inoculante-para-soja/

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Se aprovado pelo Senado e sancionado pela Presidência, o programa pode transformar a matriz energética rural, colocando o agricultor familiar no centro da transição energética sustentável . Mecanismo de financiamento e papel do FGO O funcionamento do projeto é simples, mas altamente estratégico: Os R$ 400 milhões funcionarão como garantia para empréstimos destinados à construção de usinas solares cooperativas. Os recursos terão validade de 18 meses após a sanção da lei. O acesso ao crédito será feito por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). A energia gerada deve ser usada exclusivamente para as atividades agropecuárias dos cooperados. As condições de prazos, juros e regras específicas serão definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Esse mecanismo é importante porque diminui o risco para os bancos, tornando o crédito mais acessível e atrativo para agricultores e cooperativas. Benefícios para agricultores familiares e cooperativas O Crédito Solar no Campo vai muito além da simples geração de energia: Redução dos custos de produção: com energia própria, o agricultor gasta menos em eletricidade. Formação de cooperativas de energia: produtores poderão se unir e compartilhar usinas, ampliando a força coletiva. Diversificação da renda: a economia gerada com energia pode ser reinvestida na produção agrícola. Democratização da energia renovável: torna o acesso ao solar mais justo e acessível. Fortalecimento da sustentabilidade econômica: ao descentralizar a produção energética, agricultores ganham mais resiliência contra oscilações do mercado. O deputado Tatto destacou que essa medida é parte de uma estratégia de transição energética justa e inclusiva , com impactos diretos na autonomia regional e comunitária. Integração com programas agroflorestais e sustentabilidade O projeto não se limita à energia solar: ele se conecta com programas de preservação ambiental e agricultura sustentável, como: Prosaf (Programa de Sistemas Agroflorestais de Base Agroecológica): Restauração de áreas degradadas. Conservação da biodiversidade. Apoio a comunidades tradicionais e familiares. Programa Nacional de Florestas Produtivas: Recuperação produtiva de áreas degradadas. Oferta de crédito, assistência técnica e viveiros comunitários. Acesso a pagamentos por serviços ambientais. Essas iniciativas fortalecem o elo entre produção agrícola, sustentabilidade e inovação energética, colocando o Brasil como referência em bioeconomia e transição verde. Desafios, trâmite legislativo e perspectivas futuras Apesar do potencial, o projeto ainda precisa: Ser aprovado no Senado Federal . Receber sanção presidencial. Passar pela regulamentação do CMN e dos bancos parceiros. 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O transporte de animais vivos é um elo crucial da cadeia produtiva da pecuária brasileira. Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciou novas regras para essa atividade, trazendo mudanças profundas tanto para pecuaristas quanto para transportadores. Essas alterações buscam elevar os padrões de bem-estar animal , aumentar a segurança logística e alinhar o Brasil às exigências internacionais. No entanto, como toda mudança regulatória, também traz custos adicionais e desafios operacionais que podem impactar a rentabilidade, especialmente para pequenos e médios produtores. Neste artigo, vamos explorar o que motivou essas mudanças, os impactos na prática, os custos envolvidos e as oportunidades que surgem para o setor da pecuária nacional. O que motivou as mudanças nas regras Alinhamento às boas práticas internacionais O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina, suína e de frango do mundo. Para manter sua competitividade, precisa se adequar a padrões cada vez mais exigentes em sustentabilidade, rastreabilidade e bem-estar animal. Países da União Europeia e da Ásia já possuem regras rigorosas, e o alinhamento do Brasil é estratégico para manter o acesso a esses mercados. Relação entre transporte adequado e qualidade da carne Diversos estudos comprovam que o manejo inadequado durante o transporte causa estresse, perdas de peso, contusões e até mortalidade. Esses fatores afetam diretamente a qualidade final da carne e, consequentemente, a rentabilidade da cadeia. O governo decidiu, então, estabelecer regras mais claras sobre tempo máximo de viagem, veículos adaptados e documentação obrigatória. Impactos no bem-estar e na segurança animal Limites de tempo e paradas obrigatórias Uma das principais mudanças é a definição de tempo máximo de transporte . Agora, os caminhões precisam realizar paradas estratégicas para descanso, hidratação e alimentação dos animais. Redução de mortalidade e estresse animal Essas medidas ajudam a reduzir a mortalidade, o estresse e as contusões, além de preservar o desempenho zootécnico dos rebanhos. Competitividade internacional com foco em bem-estar No mercado global, o bem-estar animal é cada vez mais valorizado. Isso significa que o Brasil, ao implementar regras mais rigorosas, pode ganhar espaço em mercados premium , onde consumidores pagam mais por carne certificada e produzida de forma sustentável. Custos adicionais para os pecuaristas Adaptações obrigatórias nos veículos Os veículos precisarão de ventilação adequada, divisórias internas, pisos antiderrapantes e monitoramento. Essa adaptação representa um custo elevado, principalmente para pequenos transportadores. Treinamento e mão de obra especializada Motoristas e auxiliares deverão receber capacitação específica sobre manejo e bem-estar animal. Esse investimento em treinamento eleva os custos fixos, mas aumenta a segurança e eficiência . Peso financeiro para pequenos e médios produtores Grandes grupos pecuaristas têm maior facilidade de adaptação, mas os pequenos e médios produtores podem sentir forte impacto financeiro, com risco de repassar os custos ao preço final da carne. Adaptação da logística e da infraestrutura Frigoríficos e pontos de parada adaptados Frigoríficos e fazendas precisarão estar preparados com áreas de descanso e abastecimento . Isso pode estimular a criação de novos polos logísticos ao longo das principais rotas de transporte. Reorganização de rotas e parcerias logísticas Para reduzir custos, muitos produtores poderão firmar parcerias com transportadoras especializadas , revisar rotas e investir em planejamento logístico mais eficiente . Perspectivas e oportunidades para o setor Ganhos de imagem e acesso a novos mercados Apesar dos custos iniciais, a adaptação às novas normas pode reforçar a imagem do Brasil como exportador de carne sustentável . Isso abre portas em mercados exigentes e pode elevar a valorização da carne brasileira. Certificações, selos de qualidade e diferenciação Produtores que adotarem as normas mais rapidamente podem obter selos de bem-estar animal , certificações internacionais e contratos exclusivos com compradores premium. FAQ – Perguntas Frequentes 1. Quando as novas regras para transporte de animais entram em vigor? As normas já foram publicadas pelo MAPA e terão prazos escalonados para adaptação. 2. Quais os principais custos de adequação? Adaptação de veículos, treinamento de motoristas e ajustes na logística são os principais pontos de custo. 3. Essas regras valem para todos os tipos de animais? Sim, as normas abrangem bovinos, suínos, aves e outros animais de produção. 4. Como os frigoríficos devem se preparar? Com áreas de parada, estrutura de descanso e procedimentos alinhados às exigências de bem-estar animal. 5. O que muda para os exportadores de carne? 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