Os Avanços Tecnológicos e Seus Reflexos no Agro Brasileiro

May 2, 2023

A integração entre tecnologia de precisão e a adoção de práticas conservacionistas é a fórmula para a produção sustentável da Agricultura no Oeste Baiano



1-   Novos processos e tecnologias

2-   A transformação do solo

3-   Sequestro de carbono

4-   Efetividade de manejo

5-   Irrigação

 

1-   Novos processos e tecnologias


Atualmente, é evidente que a população rural tem aproveitado as inovações tecnológicas para impulsionar seu desenvolvimento. Na atualidade, tratores com tecnologia computadorizada e equipamentos de última geração fazem parte do arsenal do agricultor quando se trata de plantio e colheita. Contudo, a modernização não se restringe apenas a esses processos, e os produtores rurais têm investido cada vez mais em tecnologia para obter informações precisas sobre fatores como clima, mercado, qualidade do solo, uso de água e fertilizantes, entre outros. Dessa forma, produtores rurais e engenheiros agrônomos podem tomar decisões acertadas no momento certo, o que reduz custos e aumenta a produtividade nas propriedades rurais.


A utilização dessas ferramentas, aliada a boas práticas como técnicas de conservação do solo e da água, trazem benefícios não só para os produtores rurais, mas principalmente para o meio ambiente. Se produzir mais com menor custo é bom, aumentar a produção de forma sustentável é melhor ainda. Isso é conhecido como agricultura eficiente e é uma realidade visível nos campos do oeste baiano.

 

2-   A transformação do solo


Desde a colonização algumas regiões da Bahia foram exploradas relativas a atividade agrícola, transformando-as em potenciais produtores. Atualmente, a mesma abriga o maior produtor de algodão do Brasil, o segundo maior produtor de feijão e o quarto maior produtor de soja. A agropecuária no oeste baiano é altamente diversificada e tem importância não só nas culturas de grãos e fibras, mas também em produtos como café e mandioca, além de ser o maior produtor de frutas, como banana, mamão, manga, maracujá e coco, do país. O agronegócio é a principal atividade econômica da região e o impulsionador da economia local.


Toda essa motivação, expansão agrícola na região ocorre devido há altos investimentos especialmente em termos de fertilização do solo e manejo adequado. A aplicação de fertilizantes, a compra de equipamentos e, sobretudo, a adoção de práticas conservacionistas constituíram todas essas conquistas que garantiram uma significativa melhoria na qualidade da terra, aperfeiçoando o perfil do solo e tornando o cerrado uma área agrícola.


Devido a boas práticas de preservação, o agricultor Luiz Pradella vê, ano após ano, os resultados positivos em sua propriedade. Na fazenda, ele realiza a descompactação do solo, por meio do plantio direto e da rotação de culturas. Segundo ele, a combinação dessas técnicas permite a estruturação dos solos (abertura dos poros), o que ajuda na melhora do seu nível, “Como ganho direto eu poderia citar a economia operacional, já que reduz os gastos com combustível, além da segurança de se obter uma produção média maior e mais estável, pois se tem um solo mais fértil e melhor em quantidade e perfil, comprovado por análises em laboratório”, elencou o produtor.

 

3-   Sequestro de carbono


Conforme Predella, há diversas vantagens diretas e benefícios inestimáveis para a natureza, pois essas práticas são ecologicamente adequadas, pois conseguem reter mais dióxido de carbono na terra. “Chamamos esse processo de captura de carbono (CO2) porque observamos um aumento da matéria orgânica do solo de até 0,01 % ao ano”, explica.


Um estudo recente de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), da Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB), no Oeste da Bahia, confirma o argumento do agricultor. O estudo, que analisou uma área de cerca de 1,98 milhão de hectares, desmistifica a ideia de que a agricultura é a principal causadora do efeito estufa, mostrando que as atividades agropecuárias do oeste baiano reduzem as emissões de gases poluentes ao absorvê-los e retê-los no solo.


De acordo com o diretor de Águas e Irrigação da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), o engenheiro agrônomo José Cisino Lopes, a retenção de CO2 no solo favorece as plantas para que elas tenham mais acesso à água e aos nutrientes, uma vez que desenvolvem um sistema radicular mais forte, “Com solo de maior qualidade e raízes bem desenvolvidas e mais profundas o resultado é uma lavoura mais saudável e com uma produtividade maior. Isso é bom para o produtor e melhor ainda para o meio ambiente”, explicou.


4-   Efetividade de manejo


O engenheiro agrônomo também compartilha que toda essa efetividade se deve ao plantio direto, a rotação de culturas e ao monitoramento de pragas e doenças. Ele defende que essas práticas não apenas melhoram o solo, mas também ajudam a reter a água da chuva, evitando, assim, a erosão e contribuindo para a recarga dos aquíferos.


Recentemente, os agricultores do oeste têm adotado a técnica de plantio de fertilizantes durante o período seco (sem chuva), onde se coloca o fertilizante em linhas e, posteriormente, na época da chuva, se planta a semente na mesma linha. Isso só é possível porque os tratores são equipados com GPS, que identificam com precisão o local exato, utilizando sementes de alta qualidade, que frutificarão em sua totalidade, pois é necessário economizar tempo na semeadura para garantir a boa produtividade e manter-se competitivo, já que, devido a fatores climáticos, só é possível ter uma safra por ano. Isso é chamado de “agricultura de precisão ou eficiência”.


5-   Irrigação


Ao discutir sobre práticas conservacionistas benéficas, é comum abordar a questão dos recursos hídricos. Esse é um assunto que preocupa os produtores rurais do oeste baiano, que buscam adotar uma agricultura sustentável. Para garantir uma irrigação eficiente, muitos agricultores da região investiram em estações agrometeorológicas próprias, que têm como objetivo fornecer informações precisas sobre o clima. Esses dados, combinados com informações sobre o solo, a cultura e o sistema de plantio, são alimentados em modernos softwares de gestão de irrigação. Isso permite que o operador tome decisões assertivas sobre o estabelecimento da lâmina d'água, o momento adequado e a duração da irrigação, evitando desperdícios de água e energia elétrica. As estações agrometeorológicas são automatizadas e de baixa manutenção, o que as tornam uma ferramenta prática e eficiente para os produtores rurais.


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Fonte;

https://www.bahiasemfronteiras.com.br/agro-oeste-baiano-se-destaca-por-desenvolver-agricultura-super-eficiente/

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Contexto e principais diretrizes do projeto Mecanismo de financiamento e papel do FGO Benefícios para agricultores familiares e cooperativas Integração com programas agroflorestais e sustentabilidade Desafios, trâmite legislativo e perspectivas futuras Perguntas Frequentes (FAQs) A inovação tecnológica O Crédito Solar no Campo é um marco para o fortalecimento da agricultura familiar no Brasil. Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que destina R$ 400 milhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para apoiar a instalação de usinas solares cooperativas em áreas rurais. A proposta, de autoria do deputado Pedro Uczai (PT-SC) e relatada por Nilto Tatto (PT-SP) , tem como objetivo democratizar o acesso à energia renovável, reduzir custos de produção e aumentar a autonomia dos agricultores. Se aprovado pelo Senado e sancionado pela Presidência, o programa pode transformar a matriz energética rural, colocando o agricultor familiar no centro da transição energética sustentável . Mecanismo de financiamento e papel do FGO O funcionamento do projeto é simples, mas altamente estratégico: Os R$ 400 milhões funcionarão como garantia para empréstimos destinados à construção de usinas solares cooperativas. Os recursos terão validade de 18 meses após a sanção da lei. O acesso ao crédito será feito por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). A energia gerada deve ser usada exclusivamente para as atividades agropecuárias dos cooperados. As condições de prazos, juros e regras específicas serão definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Esse mecanismo é importante porque diminui o risco para os bancos, tornando o crédito mais acessível e atrativo para agricultores e cooperativas. Benefícios para agricultores familiares e cooperativas O Crédito Solar no Campo vai muito além da simples geração de energia: Redução dos custos de produção: com energia própria, o agricultor gasta menos em eletricidade. Formação de cooperativas de energia: produtores poderão se unir e compartilhar usinas, ampliando a força coletiva. Diversificação da renda: a economia gerada com energia pode ser reinvestida na produção agrícola. Democratização da energia renovável: torna o acesso ao solar mais justo e acessível. Fortalecimento da sustentabilidade econômica: ao descentralizar a produção energética, agricultores ganham mais resiliência contra oscilações do mercado. O deputado Tatto destacou que essa medida é parte de uma estratégia de transição energética justa e inclusiva , com impactos diretos na autonomia regional e comunitária. Integração com programas agroflorestais e sustentabilidade O projeto não se limita à energia solar: ele se conecta com programas de preservação ambiental e agricultura sustentável, como: Prosaf (Programa de Sistemas Agroflorestais de Base Agroecológica): Restauração de áreas degradadas. Conservação da biodiversidade. Apoio a comunidades tradicionais e familiares. Programa Nacional de Florestas Produtivas: Recuperação produtiva de áreas degradadas. Oferta de crédito, assistência técnica e viveiros comunitários. Acesso a pagamentos por serviços ambientais. Essas iniciativas fortalecem o elo entre produção agrícola, sustentabilidade e inovação energética, colocando o Brasil como referência em bioeconomia e transição verde. Desafios, trâmite legislativo e perspectivas futuras Apesar do potencial, o projeto ainda precisa: Ser aprovado no Senado Federal . Receber sanção presidencial. Passar pela regulamentação do CMN e dos bancos parceiros. Durante a votação, houve críticas sobre possíveis excessos na política pública ou riscos de desvio de foco. No entanto, defensores reforçam que essa medida é estratégica para modernizar o campo e reduzir a desigualdade energética. Se aprovado, o Crédito Solar no Campo pode se tornar um ponto de virada para cooperativas rurais, permitindo que elas liderem a geração distribuída de energia no Brasil. Perguntas Frequentes (FAQs) 1. O que é o Crédito Solar no Campo? É um projeto que destina R$ 400 milhões do FGO para financiar usinas solares cooperativas no meio rural. 2. Quem pode acessar o financiamento? Agricultores familiares e cooperativas rurais que utilizem energia para atividades agropecuárias. 3. Como funcionará o financiamento? O Pronaf será o principal canal de acesso ao crédito, com garantias do FGO. 4. Qual o prazo para utilização dos recursos? 18 meses após a sanção da lei. 5. Quais são os benefícios diretos para os agricultores? Redução de custos, maior autonomia, energia limpa e fortalecimento da produção cooperativa. 6. O projeto já está em vigor? Ainda não. Ele aguarda análise do Senado e sanção presidencial. A inovação tecnológica O Crédito Solar no Campo representa uma das iniciativas mais inovadoras e sustentáveis para a agricultura familiar no Brasil. Ele une energia renovável , práticas agroecológicas e fortalecimento cooperativo , ao mesmo tempo em que abre portas para desenvolvimento regional e autonomia produtiva. Com a aprovação no Senado, essa medida poderá transformar o campo brasileiro em um laboratório vivo da transição energética , colocando o agricultor familiar no centro da sustentabilidade e inovação. Para acompanhar a tramitação oficial do projeto, visite o Portal da Câmara dos Deputados. -- Fonte: https://www.comprerural.com/aprovado-projeto-que-destina-r-400-milhoes-para-agricultor-investir-em-energia-solar/
27 de agosto de 2025
O transporte de animais vivos é um elo crucial da cadeia produtiva da pecuária brasileira. Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciou novas regras para essa atividade, trazendo mudanças profundas tanto para pecuaristas quanto para transportadores. Essas alterações buscam elevar os padrões de bem-estar animal , aumentar a segurança logística e alinhar o Brasil às exigências internacionais. No entanto, como toda mudança regulatória, também traz custos adicionais e desafios operacionais que podem impactar a rentabilidade, especialmente para pequenos e médios produtores. Neste artigo, vamos explorar o que motivou essas mudanças, os impactos na prática, os custos envolvidos e as oportunidades que surgem para o setor da pecuária nacional. O que motivou as mudanças nas regras Alinhamento às boas práticas internacionais O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina, suína e de frango do mundo. Para manter sua competitividade, precisa se adequar a padrões cada vez mais exigentes em sustentabilidade, rastreabilidade e bem-estar animal. Países da União Europeia e da Ásia já possuem regras rigorosas, e o alinhamento do Brasil é estratégico para manter o acesso a esses mercados. Relação entre transporte adequado e qualidade da carne Diversos estudos comprovam que o manejo inadequado durante o transporte causa estresse, perdas de peso, contusões e até mortalidade. Esses fatores afetam diretamente a qualidade final da carne e, consequentemente, a rentabilidade da cadeia. O governo decidiu, então, estabelecer regras mais claras sobre tempo máximo de viagem, veículos adaptados e documentação obrigatória. Impactos no bem-estar e na segurança animal Limites de tempo e paradas obrigatórias Uma das principais mudanças é a definição de tempo máximo de transporte . Agora, os caminhões precisam realizar paradas estratégicas para descanso, hidratação e alimentação dos animais. Redução de mortalidade e estresse animal Essas medidas ajudam a reduzir a mortalidade, o estresse e as contusões, além de preservar o desempenho zootécnico dos rebanhos. Competitividade internacional com foco em bem-estar No mercado global, o bem-estar animal é cada vez mais valorizado. Isso significa que o Brasil, ao implementar regras mais rigorosas, pode ganhar espaço em mercados premium , onde consumidores pagam mais por carne certificada e produzida de forma sustentável. Custos adicionais para os pecuaristas Adaptações obrigatórias nos veículos Os veículos precisarão de ventilação adequada, divisórias internas, pisos antiderrapantes e monitoramento. Essa adaptação representa um custo elevado, principalmente para pequenos transportadores. Treinamento e mão de obra especializada Motoristas e auxiliares deverão receber capacitação específica sobre manejo e bem-estar animal. Esse investimento em treinamento eleva os custos fixos, mas aumenta a segurança e eficiência . Peso financeiro para pequenos e médios produtores Grandes grupos pecuaristas têm maior facilidade de adaptação, mas os pequenos e médios produtores podem sentir forte impacto financeiro, com risco de repassar os custos ao preço final da carne. Adaptação da logística e da infraestrutura Frigoríficos e pontos de parada adaptados Frigoríficos e fazendas precisarão estar preparados com áreas de descanso e abastecimento . Isso pode estimular a criação de novos polos logísticos ao longo das principais rotas de transporte. Reorganização de rotas e parcerias logísticas Para reduzir custos, muitos produtores poderão firmar parcerias com transportadoras especializadas , revisar rotas e investir em planejamento logístico mais eficiente . Perspectivas e oportunidades para o setor Ganhos de imagem e acesso a novos mercados Apesar dos custos iniciais, a adaptação às novas normas pode reforçar a imagem do Brasil como exportador de carne sustentável . Isso abre portas em mercados exigentes e pode elevar a valorização da carne brasileira. Certificações, selos de qualidade e diferenciação Produtores que adotarem as normas mais rapidamente podem obter selos de bem-estar animal , certificações internacionais e contratos exclusivos com compradores premium. FAQ – Perguntas Frequentes 1. Quando as novas regras para transporte de animais entram em vigor? As normas já foram publicadas pelo MAPA e terão prazos escalonados para adaptação. 2. Quais os principais custos de adequação? Adaptação de veículos, treinamento de motoristas e ajustes na logística são os principais pontos de custo. 3. Essas regras valem para todos os tipos de animais? Sim, as normas abrangem bovinos, suínos, aves e outros animais de produção. 4. Como os frigoríficos devem se preparar? Com áreas de parada, estrutura de descanso e procedimentos alinhados às exigências de bem-estar animal. 5. O que muda para os exportadores de carne? Eles ganham mais competitividade em mercados exigentes, especialmente Europa e Ásia. 6. Pequenos produtores terão apoio financeiro? Ainda não há definição oficial, mas sindicatos e associações já discutem propostas de incentivos. O futuro da pecuária frente às novas regras As novas regras para transporte de animais representam um marco para a pecuária brasileira. Embora tragam custos e desafios imediatos , elas também abrem portas para mercados mais exigentes, agregam valor à carne brasileira e promovem um futuro mais sustentável. Produtores que se anteciparem às mudanças terão vantagem competitiva e poderão se destacar com certificações e parcerias comerciais estratégicas. Para mais informações oficiais, acesse o site do MAPA – Ministério da Agricultura e Pecuária -- Fonte: https://www.comprerural.com/novas-regras-para-o-transporte-de-animais-deve-custar-mais-aos-pecuaristas-veja-o-que-mudou/
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