Os Impactos da Eleição de Javier Milei no Agronegócio Brasileiro

November 21, 2023

Quais as propostas agrícolas do novo presidente argentino? Conseguimos medir as suas consequências para o agro brasileiro?



1-   Cenário e influência externa

2-  Propostas para o Agro

3-  Impasses políticos

4-  E a China?

5-  Projeções e cenário atual brasileiro

 

1- Introdução


Há muitos anos o agronegócio representa mais de 1/3 do PIB brasileiro. Grande parte disso é decorrente dos processos de exportação, especialmente das principais commodities, que fazem com que estejamos sempre sob constante influência do mercado externo.


Por isso, períodos de mudanças ou instabilidades políticas em qualquer lugar do mundo tendem a gerar reflexos no nosso mercado. E não é diferente quando pensamos na eleição Argentina, que levou Javier Milei ao cargo presidencial no último dia 19/11.


O novo presidente apresenta propostas muito claras e objetivas para o Agro, gerando grandes expectativas e possíveis impactos para o Brasil.

 

2- Propostas para o Agro


O novo presidente argentino traz em suas propostas formas de fortalecer o país no ambiente agrícola, estreitando laços com parceiros estratégicos, mas também sugerindo certo afastamento de outros. O Brasil parece ser enxergado ainda como parceiro em vários cenários, mas um forte competidor em outros.


Entre as principais propostas, temos:


- Eliminar as taxas sobre exportações (retenciones);

- Acabar com tarifas de importação (fertilizantes, maquinário, etc);

- Reforma trabalhista tendendo à livre contratação;

- Revogação da lei de terras – permitir livre acesso a qualquer pessoa;

- Segurança no campo;

 

3- Impasses políticos


Com propostas ligadas principalmente a redução de carga tributária, há grande expectativa de que a eleição de Milei provoque um boom na produção agrícola do país, fato que se reforça ainda mais pelas seguidas falas do presidente, que afirma ter em seu território um potencial alimentar muito grande.


A diminuição do Estado e o fomento e facilitação do acesso à terra, associados às políticas individuais de proteção, foram bandeiras de campanha que permitirão, se implementadas, que o produtor rural tenha mais autonomia sobre sua propriedade e o futuro de sua produção. Basta entender agora o quanto destas propostas Milei irá de fato conseguir aplicar.


Apesar do oposto posicionamento político em relação a atual presidência do Brasil, relações de parceria principalmente com trigo e vinho tendem a se manter inalteradas. O ponto que merece atenção é justamente o fato de que o aquecimento do setor agrícola argentino em relação produção e exportação de soja carne bovina pode acentuar o histórico de disputa pela liderança global em ambos os setores.

 

4- E a China?


Outro fator de grande impacto na relação competitiva com o Brasil é a intenção de “dolarização” da moeda oficial argentina, que fomentaria a relação com os Estados Unidos, ao passo que diminuiria a presença no mercado Chinês.


Especialistas afirmam que este segundo caminho é pouco provável de acontecer, uma vez que as exportações para o país asiático representam quase 70% do mercado externo argentino.


Entretanto, caso de fato ocorram, caberá ao setor agrícola brasileiro entender como aproveitar as lacunas que serão abertas. O mesmo serve para a indústria brasileira, que passa a ter uma grande oportunidade no mercado vizinho, que promete menos tributos e burocracia

 

5- Projeções e cenário atual


Na safra passada o Brasil foi destaque mundial devido aos recordes de produção, favorecido pelas quebras ocorridas nos Estados Unidos e Argentina.


No entanto, com a chegada do El Niño, que já causa grande impacto tanto na região centro-oeste como no sul do país, a tendência para a safra 23/24 é de dificuldades.


Associando esse cenário desafiador para o produtor brasileiro aos impactos que poderão surgir das políticas de fomento de Milei, no apanhado geral, a tendência é de que haverá um aumento na disputa entre os países sul-americanos na competição pelo mercado externo.


Apesar disso, a corrida tecnológica brasileira foi acentuada nos últimos 5-10 nos, permitindo aumentos de eficiência e produtividade que podem ser observados ano a ano. Por isso, mesmo com as condições dificultadas pelo clima, o produtor consegue mitigar perdas com a adoção de conhecimento e tecnologias de ponta.


Neste movimento do agronegócio brasileiro, as indústrias de fertilizantes buscam cada vez mais novas tecnologias de ponta. A Agros cumpre seu papel através de seus fertilizantes especiais, que auxiliam no desempenho das lavouras frente aos estresses apresentados, promovendo redução de custos e ganhos de produtividade.


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Fontes:


https://www.estadao.com.br/economia/argentina-comercio-agricola-brasil-mais-competitivo/


https://jovempan.com.br/opiniao-jovem-pan/comentaristas/kellen-severo/argentina-mais-competitiva-e-risco-para-o-agro-brasileiro.html


https://jovempan.com.br/opiniao-jovem-pan/comentaristas/kellen-severo/eleicao-na-argentina-como-o-agro-brasileiro-sera-afetado.html


https://www.canalrural.com.br/agricultura/projeto-soja-brasil/como-as-eleicoes-na-argentina-aferam-o-mercado-de-soja-no-brasil/



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Contexto e principais diretrizes do projeto Mecanismo de financiamento e papel do FGO Benefícios para agricultores familiares e cooperativas Integração com programas agroflorestais e sustentabilidade Desafios, trâmite legislativo e perspectivas futuras Perguntas Frequentes (FAQs) A inovação tecnológica O Crédito Solar no Campo é um marco para o fortalecimento da agricultura familiar no Brasil. Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que destina R$ 400 milhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para apoiar a instalação de usinas solares cooperativas em áreas rurais. A proposta, de autoria do deputado Pedro Uczai (PT-SC) e relatada por Nilto Tatto (PT-SP) , tem como objetivo democratizar o acesso à energia renovável, reduzir custos de produção e aumentar a autonomia dos agricultores. Se aprovado pelo Senado e sancionado pela Presidência, o programa pode transformar a matriz energética rural, colocando o agricultor familiar no centro da transição energética sustentável . Mecanismo de financiamento e papel do FGO O funcionamento do projeto é simples, mas altamente estratégico: Os R$ 400 milhões funcionarão como garantia para empréstimos destinados à construção de usinas solares cooperativas. Os recursos terão validade de 18 meses após a sanção da lei. O acesso ao crédito será feito por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). A energia gerada deve ser usada exclusivamente para as atividades agropecuárias dos cooperados. As condições de prazos, juros e regras específicas serão definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Esse mecanismo é importante porque diminui o risco para os bancos, tornando o crédito mais acessível e atrativo para agricultores e cooperativas. Benefícios para agricultores familiares e cooperativas O Crédito Solar no Campo vai muito além da simples geração de energia: Redução dos custos de produção: com energia própria, o agricultor gasta menos em eletricidade. Formação de cooperativas de energia: produtores poderão se unir e compartilhar usinas, ampliando a força coletiva. Diversificação da renda: a economia gerada com energia pode ser reinvestida na produção agrícola. Democratização da energia renovável: torna o acesso ao solar mais justo e acessível. Fortalecimento da sustentabilidade econômica: ao descentralizar a produção energética, agricultores ganham mais resiliência contra oscilações do mercado. O deputado Tatto destacou que essa medida é parte de uma estratégia de transição energética justa e inclusiva , com impactos diretos na autonomia regional e comunitária. Integração com programas agroflorestais e sustentabilidade O projeto não se limita à energia solar: ele se conecta com programas de preservação ambiental e agricultura sustentável, como: Prosaf (Programa de Sistemas Agroflorestais de Base Agroecológica): Restauração de áreas degradadas. Conservação da biodiversidade. Apoio a comunidades tradicionais e familiares. Programa Nacional de Florestas Produtivas: Recuperação produtiva de áreas degradadas. Oferta de crédito, assistência técnica e viveiros comunitários. Acesso a pagamentos por serviços ambientais. Essas iniciativas fortalecem o elo entre produção agrícola, sustentabilidade e inovação energética, colocando o Brasil como referência em bioeconomia e transição verde. Desafios, trâmite legislativo e perspectivas futuras Apesar do potencial, o projeto ainda precisa: Ser aprovado no Senado Federal . Receber sanção presidencial. Passar pela regulamentação do CMN e dos bancos parceiros. Durante a votação, houve críticas sobre possíveis excessos na política pública ou riscos de desvio de foco. No entanto, defensores reforçam que essa medida é estratégica para modernizar o campo e reduzir a desigualdade energética. Se aprovado, o Crédito Solar no Campo pode se tornar um ponto de virada para cooperativas rurais, permitindo que elas liderem a geração distribuída de energia no Brasil. Perguntas Frequentes (FAQs) 1. O que é o Crédito Solar no Campo? É um projeto que destina R$ 400 milhões do FGO para financiar usinas solares cooperativas no meio rural. 2. Quem pode acessar o financiamento? Agricultores familiares e cooperativas rurais que utilizem energia para atividades agropecuárias. 3. Como funcionará o financiamento? O Pronaf será o principal canal de acesso ao crédito, com garantias do FGO. 4. Qual o prazo para utilização dos recursos? 18 meses após a sanção da lei. 5. Quais são os benefícios diretos para os agricultores? Redução de custos, maior autonomia, energia limpa e fortalecimento da produção cooperativa. 6. O projeto já está em vigor? Ainda não. Ele aguarda análise do Senado e sanção presidencial. A inovação tecnológica O Crédito Solar no Campo representa uma das iniciativas mais inovadoras e sustentáveis para a agricultura familiar no Brasil. Ele une energia renovável , práticas agroecológicas e fortalecimento cooperativo , ao mesmo tempo em que abre portas para desenvolvimento regional e autonomia produtiva. Com a aprovação no Senado, essa medida poderá transformar o campo brasileiro em um laboratório vivo da transição energética , colocando o agricultor familiar no centro da sustentabilidade e inovação. Para acompanhar a tramitação oficial do projeto, visite o Portal da Câmara dos Deputados. -- Fonte: https://www.comprerural.com/aprovado-projeto-que-destina-r-400-milhoes-para-agricultor-investir-em-energia-solar/
27 de agosto de 2025
O transporte de animais vivos é um elo crucial da cadeia produtiva da pecuária brasileira. Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciou novas regras para essa atividade, trazendo mudanças profundas tanto para pecuaristas quanto para transportadores. Essas alterações buscam elevar os padrões de bem-estar animal , aumentar a segurança logística e alinhar o Brasil às exigências internacionais. No entanto, como toda mudança regulatória, também traz custos adicionais e desafios operacionais que podem impactar a rentabilidade, especialmente para pequenos e médios produtores. Neste artigo, vamos explorar o que motivou essas mudanças, os impactos na prática, os custos envolvidos e as oportunidades que surgem para o setor da pecuária nacional. O que motivou as mudanças nas regras Alinhamento às boas práticas internacionais O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina, suína e de frango do mundo. Para manter sua competitividade, precisa se adequar a padrões cada vez mais exigentes em sustentabilidade, rastreabilidade e bem-estar animal. Países da União Europeia e da Ásia já possuem regras rigorosas, e o alinhamento do Brasil é estratégico para manter o acesso a esses mercados. Relação entre transporte adequado e qualidade da carne Diversos estudos comprovam que o manejo inadequado durante o transporte causa estresse, perdas de peso, contusões e até mortalidade. Esses fatores afetam diretamente a qualidade final da carne e, consequentemente, a rentabilidade da cadeia. O governo decidiu, então, estabelecer regras mais claras sobre tempo máximo de viagem, veículos adaptados e documentação obrigatória. Impactos no bem-estar e na segurança animal Limites de tempo e paradas obrigatórias Uma das principais mudanças é a definição de tempo máximo de transporte . Agora, os caminhões precisam realizar paradas estratégicas para descanso, hidratação e alimentação dos animais. Redução de mortalidade e estresse animal Essas medidas ajudam a reduzir a mortalidade, o estresse e as contusões, além de preservar o desempenho zootécnico dos rebanhos. Competitividade internacional com foco em bem-estar No mercado global, o bem-estar animal é cada vez mais valorizado. Isso significa que o Brasil, ao implementar regras mais rigorosas, pode ganhar espaço em mercados premium , onde consumidores pagam mais por carne certificada e produzida de forma sustentável. Custos adicionais para os pecuaristas Adaptações obrigatórias nos veículos Os veículos precisarão de ventilação adequada, divisórias internas, pisos antiderrapantes e monitoramento. Essa adaptação representa um custo elevado, principalmente para pequenos transportadores. Treinamento e mão de obra especializada Motoristas e auxiliares deverão receber capacitação específica sobre manejo e bem-estar animal. Esse investimento em treinamento eleva os custos fixos, mas aumenta a segurança e eficiência . Peso financeiro para pequenos e médios produtores Grandes grupos pecuaristas têm maior facilidade de adaptação, mas os pequenos e médios produtores podem sentir forte impacto financeiro, com risco de repassar os custos ao preço final da carne. Adaptação da logística e da infraestrutura Frigoríficos e pontos de parada adaptados Frigoríficos e fazendas precisarão estar preparados com áreas de descanso e abastecimento . Isso pode estimular a criação de novos polos logísticos ao longo das principais rotas de transporte. Reorganização de rotas e parcerias logísticas Para reduzir custos, muitos produtores poderão firmar parcerias com transportadoras especializadas , revisar rotas e investir em planejamento logístico mais eficiente . Perspectivas e oportunidades para o setor Ganhos de imagem e acesso a novos mercados Apesar dos custos iniciais, a adaptação às novas normas pode reforçar a imagem do Brasil como exportador de carne sustentável . Isso abre portas em mercados exigentes e pode elevar a valorização da carne brasileira. Certificações, selos de qualidade e diferenciação Produtores que adotarem as normas mais rapidamente podem obter selos de bem-estar animal , certificações internacionais e contratos exclusivos com compradores premium. FAQ – Perguntas Frequentes 1. Quando as novas regras para transporte de animais entram em vigor? As normas já foram publicadas pelo MAPA e terão prazos escalonados para adaptação. 2. Quais os principais custos de adequação? Adaptação de veículos, treinamento de motoristas e ajustes na logística são os principais pontos de custo. 3. Essas regras valem para todos os tipos de animais? Sim, as normas abrangem bovinos, suínos, aves e outros animais de produção. 4. Como os frigoríficos devem se preparar? Com áreas de parada, estrutura de descanso e procedimentos alinhados às exigências de bem-estar animal. 5. O que muda para os exportadores de carne? Eles ganham mais competitividade em mercados exigentes, especialmente Europa e Ásia. 6. Pequenos produtores terão apoio financeiro? Ainda não há definição oficial, mas sindicatos e associações já discutem propostas de incentivos. O futuro da pecuária frente às novas regras As novas regras para transporte de animais representam um marco para a pecuária brasileira. Embora tragam custos e desafios imediatos , elas também abrem portas para mercados mais exigentes, agregam valor à carne brasileira e promovem um futuro mais sustentável. Produtores que se anteciparem às mudanças terão vantagem competitiva e poderão se destacar com certificações e parcerias comerciais estratégicas. Para mais informações oficiais, acesse o site do MAPA – Ministério da Agricultura e Pecuária -- Fonte: https://www.comprerural.com/novas-regras-para-o-transporte-de-animais-deve-custar-mais-aos-pecuaristas-veja-o-que-mudou/
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